“Esta representação dará uma nova dinâmica, uma proximidade física e representativa da CPLP na Ásia. Um espaço de abertura e comunhão, tornando a comunidade mais visível para todos”, afirmou.
“Juntos faremos valer a projeção do nosso espirito e da nossa qualidade, numa perspetiva aberta e universalista que merece respeito”, disse ainda.
Hernâni Coelho falava na cerimónia de inauguração do edifício da representação da CPLP em Díli, na Avenida de Portugal, a principal zona de embaixadas e missões diplomáticas da capital timorense.
A cerimónia contou com a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros ou seus representantes dos países-membros da CPLP, que na sexta-feira participam na XX reunião do Conselho de Ministros da organização lusófona.
Para o secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, o espaço em Díli representa a dimensão “extracomunitária” que Timor-Leste traz à comunidade lusófona, dando-lhe maior visibilidade numa “região estratégica” como é a Ásia.
Algo, recordou, que pode “potenciar o reforço das sinergias das sociedades e economias do espaço de integração económica em que Timor-Leste está posicionado”.
O novo espaço “dará maior visibilidade à CPLP assumindo-se como ponto de informação e educação sobre a CPLP junto da comunidade nacional e internacional aqui residente”, permitindo uma “maior aproximação da CPLP à sociedade timorense”.
A inauguração ficou ainda marcada pelo lançamento do programa CPLP audiovisual, iniciativa de 22 meses de duração, no valor de 3, 2 milhões de euros, financiados pelo Brasil e Portugal e que permitirá a realização de mais de 60 horas de programação sobre o espaço lusófono.
Georgina de Mello, diretora da CPLP, explicou que o novo projeto amplia uma primeira iniciativa do género, realizada há cerca de cinco anos, o DOC TV CPLP, procurando dar uma “visão contemporânea” das sociedades lusófonas.
A iniciativa será desenvolvida ao longo de três eixos, incluindo o DOC TV CPLP II, com a realização de nove vídeos – um por cada Estado-membro – e o FIC TV CPLP, com quatro telefilmes e cinco projetos de desenvolvimento de telefilmes.
O terceiro eixo contará com o envolvido das televisões nacionais para a realização de quatro documentários sobre “temas relevantes”.
O concurso para os trabalhos audiovisuais abre a 3 de agosto.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe.
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