“A Língua Portuguesa encerra em si diversas dimensões, carregando com ela o discurso científico que veicula, as expressões culturais e artísticas criadas, as relações económicas que estabelece e a promoção dos nossos países no panorama internacional”, afirma, Murade Murargy, atual Secretário Executivo da CPLP, entidade que tem vindo a promover um périplo de enorme relevância no âmbito da projeção no mundo da Língua Portuguesa, tendo como cerne da sua existência, a democracia, os direitos humanos, a justiça social e o estado de direito entre os países membros da CPLP – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal, Brasil e Timor-Leste.
Saiba mais de uma instituição com 17 anos de existência e que desde a sua génese aproximou nações e promoveu a Língua Portuguesa, “uma língua de Poder”, afirma o nosso interlocutor.
Entrevista:
Foi a 18 de setembro de 2012 que assumiu funções enquanto Secretário Executivo da CPLP, sucedendo, assim, a Domingos Simões Pereira. Até ao momento da sua eleição, desempenhava funções como Embaixador de Moçambique em Brasília. Desde o primeiro instante, soube que este novo cargo trazia consigo responsabilidades elevadas?
A atuação da CPLP tem-se destacado em diversos campos da experiência de vida em sociedade. Já ninguém duvida que a Comunidade é um ator incontornável no campo da defesa das instituições democráticas e do Estado de Direito, da Justiça e de imensas sinergias em torno do Trabalho e Assuntos Sociais, da Administração Interna, entre outros domínios, como o do campo da Saúde onde a CPLP se evidencia mesmo como um caso de estudo mundial. Futuramente, a CPLP vai potenciar ainda mais as suas ações de cooperação entre os Estados-membros, sobretudo, nos domínios da cooperação económica empresarial, mas também estará focada noutros setores, como o da Cultura, das Finanças, das Comunicações, entre outras não de menor relevância. Realço que a Cimeira de Maputo elegeu como lema para a presidência moçambicana da CPLP a Segurança Alimentar e Nutricional, um tema deveras importante para os nossos povos. É através das várias experiências partilhadas que potenciamos a transformação dos setores, ganhando relevância para as populações e, consequentemente, para as respetivas economias. Leia a entrevista completa.