Nélida Piñon. Rio de Janeiro, Brasil, 05 de novembro 2014. EPA/ANTONIO LACERDA
O português e o espanhol são línguas universais que estão a serviço da humanidade e tanto os poderes como os especialistas estão se dando conta da importância de ambas as línguas enlaçadas, prontas para reforçar suas posições no mundo.
A frase é de Nélida Piñon, que encerrou a primeira conferência internacional ‘Ibero-América: uma comunidade, duas línguas pluricêntricas’, realizada na última semana em Lisboa pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).
A escritora, que é filha de imigrantes galegos, conta que desde criança se sentia diferente, porque sabia ser de um país remoto, longe de seu outro país, o Brasil. E também pequena descobriu a grandeza do Oceano Atlântico, o portador da esperança. Na conversa que temos a seguir, ela remete a esse passado e também fala de futuro. Para alguém como ela, que teve uma vida inesperada e inadequada para um brasileira periférica e num ofício dominado pelos homens, ainda resta muito a fazer.