Na Ponta da Língua é assistido por 750 alunos do Colégio Militar

Pelo menos 750 alunos dos ensinos Fundamental e Médio do CMCG (Colégio Militar de Campo Grande) assistiram, nesta quinta-feira (11/08), a apresentação realizada pelo Grupo XPTO, de São Paulo (SP), como parte do projeto Na ponta da Língua, lançado pelo Sesi na segunda-feira (08/08). A iniciativa tem como finalidade desmistificar as alterações implementadas pelo novo acordo ortográfico da língua portuguesa e ajudar os estudantes a entenderem as novas regras.

A instituição de ensino foi a terceira da Capital a receber o projeto, que começou pelo Colégio Paulo Freire na terça-feira (09/08) e prossegue nesta sexta-feira (12/08) também no CMCG. Segundo a supervisora escolar do CMCG, Cinthia Maria Fontoura Messias, a melhor maneira de se aprender é vivenciando. “É dessa forma que o teatro procura passar aos alunos, de que tudo que eles aprendem em sala de aula faz parte do cotidiano e pode fácil de ser notado”, explicou.

Ela destaca que o CMCG procura introduzir métodos que chamem mais a atenção dos estudantes para com o conteúdo repassado pelos professores e que os mesmos precisam saber a importância e obter conhecimento sem tanto esforço, mas de forma mais interativa e saudável. Para a aluna Tatiana Carolina Brunszwick, 12 anos, o teatro mostrou que é possível estudar se divertindo. “Pude entender melhor a regras para o uso do hífen de forma descontraída”, disse. 

Já o aluno Caio Flávio França, 13 anos, disse que agora as regras se tornaram mais fáceis de ser lembradas. Da mesma forma pensa a aluna Angela Gabriela Miranda, 15 anos, que se divertiu muito durante a apresentação. “Achei muito inteligente a forma como eles procuraram passar o conteúdo, pois mexeu com todos os nossos sentidos”, salientou.

O projeto

Além das apresentações artísticas do grupo XPTO, o projeto Na Ponta da Língua também vai distribuir 300 mil cartilhas e, posteriormente, exibirá 10 filmetes nas emissoras de TV do Estado com informações que explicam e exemplificam o jeito certo de usar tremas, acentos e hífens. Ao todo serão contempladas 165 instituições de ensino públicas e privadas de 40 municípios de Mato Grosso do Sul, beneficiando 40 mil estudantes até outubro deste ano.

As cidades escolhidas para receberem o projeto são Campo Grande, Terenos, Aquidauana, Corumbá, Ladário, Sidrolândia, Maracaju, Nioaque, Bonito, Jardim, Porto Murtinho, Bela Vista, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Amambai, Iguatemi, Mundo Novo, Eldorado, Naviraí, Rio Brilhante, Dourados, Caarapó, Ivinhema, Nova Andradina, Anaurilândia, Bataguassu, Santa Rita do Pardo, Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Inocência, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Chapadão do Sul, Costa Rica, Sonora, Coxim, Rio Verde, São Gabriel do Oeste e Bandeirantes.

Segundo o artista plástico argentino Oswaldo Gabrielli, diretor do grupo de teatro XPTO, a peça possui cinco personagens, entre eles o casal de bonecos “João” e “Maria”, além do “Senhor A”, que conta boa parte de toda a história embalada por canções animadas e fáceis de gravar. “A peça é uma forma lúdica e simples que encontramos para explicar as regras de ortografia a crianças, pré-adolescentes e adolescentes”, disse, destacando que a sala de aula traz o lado mais formal dentro de uma cartilha já estabelecida, enquanto o teatro é mais libertador, envolvendo o aluno no estado afetivo.

Ele acrescenta que a magia do teatro é fácil de ser notada quando um espectador se sente preso pela história e consegue ali em diante disseminar aquele aprendizado. “Notamos que a peça consegue ser um complemento do que já é repassado na sala de aula, mas que de forma simples e engraçada pode ser fixada com mais facilidade. É uma memória emocional que se adquire e se leva para a vida toda”, avaliou.

 

FONTE: Pantanal

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