Ministro timorense diz que cooperação na área da Educação é “o exemplo”

Portugal e Timor Leste assinaram hoje em Lisboa um acordo de cooperação relativo à implementação e funcionamento do projeto dos centros de aprendizagem e formação escolar prevendo o envio de 150 professores portugueses que vai fazer aumentar para 300 o número total de docentes portugueses no país em 2015 e a abertura de dois novos estabelecimentos de ensino: em Viqueque e Ainaro.

Questionado pelos jornalistas sobre eventuais garantias por parte do Governo timorense sobre a política de cooperação com Portugal, tomando em conta a recente crise no sistema judicial de Timor-Leste que levou à expulsão de oito estrangeiros, incluindo sete funcionários judiciais portugueses, Bendito dos Santos Freitas limitou-se a dizer que o setor do ensino é o “exemplo”.

“Eu creio que a cooperação portuguesa na área da educação é o exemplo. É um modelo em Timor-Leste. Nós estamos a avançar com passos muito seguros, a cooperação está muito sólida e esperemos que o acordo que nós temos fortaleça este espírito da cooperação. Não vejo dificuldades em relação ao Ministério da Educação”, afirmou o ministro da Educação timorense.

Bendito dos Santos Freitas disse ainda que Ministério da Educação de Timor Leste deve ser o ministério que tem mais cooperantes portugueses, quando questionado sobre a expulsão dos juízes portugueses.

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, disse que todos os problemas têm sido resolvidos e fala de “cooperação exemplar”.

“A nossa cooperação educativa tem funcionado com grande confiança, com grande diálogo entre as partes. Nós temos falado sempre sobre a resolução de todos os problemas e todos os problemas que existem têm sido ultrapassados e a nossa cooperação tem sido exemplar. Da minha parte é isso o que eu posso dizer”, disse Nuno Crato, quando questionado sobre o estado da cooperação com Timor-Leste.

O Governo de Timor-Leste ordenou no dia 03 de novembro de 2014 a expulsão, no prazo de 48 horas, de oito funcionários judiciais, sete portugueses e um cabo-verdiano.

No último dia 24 de outubro, o parlamento timorense tinha aprovado uma resolução a suspender os contratos com funcionários judiciais internacionais “invocando motivos de força maior e a necessidade de proteger de forma intransigente o interesse nacional” e outra a determinar uma auditoria ao sistema judicial do país.

PSP // VM – Lusa/Fim


Fotos:

ENCLAVE DE OECUSSI/TIMOR – Refugiados no adro da igreja de Ambeno, no enclave de Oecussi. 28/10/1999. FOTO TIAGO PETINGA/LUSA

– Timo. Escola/LUSA

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