Ao discursar no jantar de boas-vindas da quarta conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Gao Hucheng sublinhou que desde a sua criação em 2003 o “Fórum Macau fez um extraordinário percurso” durante o qual todos beneficiaram da cooperação.
“Com estes princípios, aprofundámos a cooperação económica e comercial e enfrentámos em conjunto a crise financeira, tendo conseguido bons resultados nos brilhantes dez anos desta cooperação entre a China e os países de Língua Portuguesa”, disse.
Gao Hucheng salientou, contudo, que o sucesso de uma década são agora a “base sólida para uma cooperação aprofundada e consolidam a convicção do desenvolvimento comum”, pelo que há que continuar a desenvolver as ações de cooperação a “um nível mais alto, em áreas mais abrangentes e de forma mais aprofundada” para que se “escreva em conjunto uma nova página de amizade, baseada na confiança mútua, desenvolvimento e prosperidade”.
O governante chinês lembrou o papel de Macau com os seus “recursos, utilizando as suas próprias vantagens a nível regional, cultural e comercial” para ser parte ativa do Fórum Macau “desempenhando “desta forma uma função indispensável”.
Por sua vez, o líder do Governo de Macau, Fernando Chui Sai On, fez um balanço positivo da cooperação sino-lusófona ao longo da última década.
“Desde a realização da 1.ª edição da Conferência Ministerial em 2003 – graças ao forte apoio proporcionado pelo Governo Central e à colaboração conjunta e empenhada dos Países membros de Língua Portuguesa, – a cooperação entre a China e estes países, nos domínios económico e comercial, tem registado um progresso muito encorajador e os projetos das diversas áreas estão sendo desenvolvidos e aprofundados constantemente”, avaliou.
Neste sentido, apontou, o Fórum Macau, “enquanto mecanismo eficaz de cooperação e plataforma de serviços de excelência, continuará a desempenhar um papel significativo na promoção da cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.
O Governo da Região Administrativa Especial, “enquanto entidade organizadora da 4.ª Conferência Ministerial do Fórum, cuja cerimónia de abertura terá lugar amanhã [terça-feira], sente-se particularmente honrado, pelo facto de isto representar não só um sinal de forte apoio e confiança que o Governo Central (…), mas também porque significa o reconhecimento dos países de língua portuguesa do papel de Macau como plataforma”, realçou Chui Sai On.
“Macau tem vindo a empenhar-se na coordenação dos trabalhos do Fórum e no desenvolvimento do seu importante papel como plataforma” entre a China e o universo da lusofonia, pelo que “assente no passado e perspetivando o futuro, irá continuar a otimizar as suas potencialidades”, frisou.
Assim irá empenhar-se, por um lado, “na construção de um centro mundial de turismo e lazer, e, por outro, na melhoria da função de plataforma, com o objetivo de impulsionar a cooperação económica e comercial entre o Interior da China, Macau e os Países de Língua Portuguesa, procurando, assim, maximizar desenvolvimentos e progressos comuns”, concluiu.
JCS/DM // VM – Lusa/Fim
Consulte o dossiê:
Foto: O vice-primeiro ministro português, Paulo Portas (E) e o vice-primeiro ministro do Conselho de Estado, Wang Yang (D) durante os encontros bilaterais integrados no programa do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa que está a decorrer em Macau. 4 de Novembro de 2013. CARMO CORREIA/LUSA