A nau Nossa Senhora da Ajuda e S. Pedro de Alcântara, que escoltava navios da Baía para Lisboa e Porto, foi fustigada por um enorme temporal no dia 8 de Setembro de 1778, quando se encontrava próximo das Canárias. Perdeu as velas e os mastros quebraram-se, assim como o leme, deixando o navio à deriva.
Sem esperança, os tripulantes encomendaram-se à Virgem e prometeram, se se salvassem, um mês de soldo a Nª Srª da Penha de França, para celebrarem uma festa de agradecimento. Quando o temporal amainou improvisaram um leme e aparelharam a nau com mastaréus, vergas e outros sobressalentes e navegaram como puderam até Lisboa.
Um ano mais tarde, a 8 de Setembro de 1779, cumpriram o voto prometido a Nª Srª da Penha de França, realizando as festividades e tudo o mais que era destinado. Está em depósito da Igreja de Nª Srª da Penha de França no Museu de Marinha.
Verdadeiros testemunhos do passado, os painéis votivos fluviais e marítimos representam um património indissociável da realidade económica e sociocultural das gentes do mar, requerendo, por isso, uma nova interpretação transdisciplinar, protecção, valorização e divulgação.
Falta cerca de um mês para dar por encerrada a exposição temporária “Memórias Viajantes – Viagem I”!