Matosinhos vai criar Museu da Diáspora e da Língua Portuguesa chamado Cais

Matosinhos, Porto, 28 dez (Lusa) – A Câmara Municipal de Matosinhos vai criar um Museu da Diáspora e da Língua Portuguesa, de nome Cais, a ficar instalado numa rua do concelho que se chamará a rua dos Museus, anunciou hoje o presidente da autarquia.

Em declarações aos jornalistas no final de uma visita a vários espaços de Matosinhos pelo ministro da Cultura, João Soares, o presidente da câmara, Guilherme Pinto, disse que o projeto está a ser encabeçado pela antiga ministra Isabel Pires de Lima e terá um primeiro orçamento de cerca de dois milhões, embora não quisesse adiantar a localização precisa por não estar ainda assinada.

João Soares mostrou-se “feliz e honrado” por visitar espaços como as futuras instalações da Casa da Arquitetura, na antiga Real Vinícola, e, questionado sobre que tipo de apoio poderá o Governo dar aos projetos da autarquia, realçou que “há muitas maneiras de apoiar” e alertou: “Nós faremos aquilo que nos for possível. Não estejam à espera que sejamos capazes de fazer milagres no plano financeiro”.

João Soares salientou ainda o momento do anúncio, que ocorre dias depois do incêndio que atingiu o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, cuja reconstrução já foi prometida pelo governador daquele Estado brasileiro.

“O que importa afirmar aqui é a vontade firme da autarquia de Matosinhos, numa lógica de afirmação dos valores de qualidade que têm caracterizado a sua intervenção e a vontade do Governo português, que aqui hoje represento, mas com mandato do senhor primeiro-ministro, para dar o apoio possível para estes projetos”, afirmou o ministro da Cultura.

Guilherme Pinto apontou a abertura do Museu da Diáspora e da Língua Portuguesa para 2017, na sequência das obras no edifício da unidade fabril que o vai acolher e da respetiva conceptualização.

“Matosinhos é o cais de onde partiram muitos portugueses para a diáspora e de onde partiram muitos falantes da língua portuguesa”, declarou o autarca aos jornalistas depois de uma visita à exposição “Desejo, tensão, transição – Percursos do Design Português”, antes da transformação da Galeria Nave em Casa do Design, que deverá ocorrer em março do próximo ano.

Guilherme Pinto sublinhou que projetos como a Casa da Arquitetura, a Casa do Design e a Casa da Diáspora “são três elementos que só fazem sentido em Matosinhos se tiverem dimensão nacional”.

“Este eixo de museus que estão em preparação é qualquer coisa que vai dar muita honra não apenas a Matosinhos nem só à Área Metropolitana do Porto, mas ao país inteiro”, afirmou João Soares, que se disse “absolutamente deslumbrado” com as obras na futura Casa da Arquitetura.

TDI // JGJ – Lusa/Fim
O ministro da Cultura, João Soares (C), acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto (E), durante a Visita à exposição “Desejo, tensão, transição – Percursos do Design Português”, integrada na programação da bienal Experimenta Design, 28 dezembro 2015, em Matosinhos. ESTELA SILVA/LUSA
O ministro da Cultura, João Soares (C), acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Guilherme Pinto (E), durante a Visita à exposição “Desejo, tensão, transição – Percursos do Design Português”, integrada na programação da bienal Experimenta Design, 28 dezembro 2015, em Matosinhos. ESTELA SILVA/LUSA

 

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