Em declarações à agência Lusa, Pedro Ribeiro e Castro, advogado e um dos promotores da iniciativa local, explicou que a cerimónia de Macau “pretende juntar várias personalidades ligadas, direta e indiretamente, à promoção da língua e cultura portuguesas, sendo que o palco da Escola é o local mais adequado à afirmação desse objetivo”.
“A Escola Portuguesa é um dos principais atores desta divulgação, deste trabalho de disseminação da nossa língua e cultura em Macau e por isso é o centro destas comemorações, que pretendem juntar todos aqueles que contribuem para este trabalho”, explicou.
Pedro Ribeiro e Castro disse também que o manifesto dos 800 anos da Língua Portuguesa “recorda o papel da língua nas mais variadas intervenções sociais, da simples conversa até à oração”, momentos que “transmitem emoções e o sentir de um povo, um modo de pensar e uma maneira de ser”.
Em Macau, além do cônsul-geral Vítor Sereno, associam-se ao movimento o diretor da Escola Portuguesa de Macau, Manuel Machado, o diretor do Instituto Português do Oriente, João Laurentino Neves, o presidente do Instituto Internacional de Macau, Jorge Rangel, a presidente da Casa de Portugal, Amélia António, e diversos professores de escolas e universidades ou institutos locais.
São, acrescentou Pedro Ribeiro e Castro, comemorações paralelas às que serão realizadas no Padrão dos Descobrimentos em Lisboa, “marcando-se também a data em Macau”.
Na sexta-feira passam 800 anos sobre o mais antigo documento oficial conhecido escrito em português – o testamento do terceiro rei de Portugal, D. Afonso II.
O movimento dos 800 anos da Língua Portuguesa é subscrito pelas mais diversas personalidades nacionais da área da política à escrita, do jornalismo à televisão, da diplomacia à ciência, sempre em português e com apoio nas mais diversas geografias do planeta.
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Foto: Escola Portuguesa de Macau, 14/11/2003, MANUEL MOURA/LUSA