Macau, 29 set (Lusa) – Mais de 150 artistas vão participar entre 14 e 22 de outubro na nona Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, que volta a juntar teatro, gastronomia, arte contemporânea, dança e música de vários continentes.
Esta é uma iniciativa que se realiza em Macau desde 2008. Pela primeira vez, os artistas convidados participam também na Exposição de Produtos e Serviços de Língua Portuguesa (PLPEX) e na Feira Internacional de Macau (MIF), foi hoje anunciado.
O cartaz deste ano inclui concertos no Largo do Senado, no coração de Macau, de grupos e artistas de Portugal (Diogo Piçarra), Cabo Verde (Trio Hélio Batalha, Sílvia Medina e Ellah Barbosa), Angola (Yola Semedo), Timor-Leste (Solution Band), Goa, Damão e Diu (True Blue), Moçambique (Os Kassimbos), Brasil (Rastapé), Guiné-Bissau (Klim Mota), São Tomé e Príncipe (Haylton Dias) e China (Grupo de Música e Dança da Província de Guagxi).
Além de subirem ao palco no Largo do Senado, os artistas vão atuar no Festival da Lusofonia, a decorrer entre 19 e 22 de outubro nas Casas-Museu da Taipa.
Além da música, a Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa de Macau volta a ter uma mostra de teatro de países e territórios lusófonos pelo quarto ano consecutivo.
A mostra de teatro integra quatro companhias de países lusófonos, incluindo Portugal, e uma de Macau.
Assim, entre 14 e 19 de outubro, o grupo local Hiu Kok Theatre marca presença com a peça “O cuco da noite escura”, o Grupo de Teatro Girassol (Moçambique) leva ao palco “Nkatikuloni (A outra)”, a companhia Nómada – Art & Public Space vai representar “Solange, uma conversa de cabeleireiro”, o grupo Nós Por Cá (São Tomé e Príncipe) leva à cena “Feitiçaria”, e a Arte Naroman (Timor-Leste) apresenta “Nahe Biti”.
Esta semana cultural integra ainda uma vertente de exposições de arte contemporânea de artistas de Moçambique (Pekiwa, escultura), São Tomé e Príncipe (Guilherme Vaz de Carvalho, pintura) e Macau (Filipe Dores, artes plásticas) e uma exposição de animação do artista plástico e cineasta brasileiro Alê Abreu relacionada com o seu filme “O Menino e o Mundo”, que também será exibido em Macau.
As exposições vão decorrer entre 14 de outubro e 12 de novembro, no edifício do antigo tribunal, na Galeria de Exposições da Avenida da Praia, na Casa de Nostalgia da Avenida da Praia e na residência do cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong.
A mostra de artesanato poderá ser vista na Feira do Carmo e a mostra de gastronomia “Sabores do Mundo” decorrerá num restaurante da Torre de Macau e também no espaço onde vai decorrer o Festival da Lusofonia.
Este ano estão convidados ‘chefs’ de cozinha de Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Goa, Damão e Diu e Macau.
A Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa é organizada pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau), sendo coorganizadores o Instituto Cultural de Macau e o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais da cidade. Conta ainda com a colaboração das associações das comunidades lusófonas que existem em Macau.
A nona edição da Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa tem um orçamento semelhante ao do ano passado, na ordem de 8,8 milhões de patacas (927 mil euros), disse, na apresentação à imprensa, Echo Chan, secretária-geral adjunta do Secretariado Permanente do Fórum Macau.
Eco Chan disse que as atividades desta semana cultural articulam-se com a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” promovida pelo Governo central e destacou a importância de “reforçar o intercâmbio cultural” entre os países e territórios participantes.
“Espero que através desta semana cultural possam mostrar a sua cultura”, acrescentou.
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