Luís Kandjimbo defende diversidade cultural de literatura-mundo

Foto: O País

Rabat – O escritor angolano Luís Kandjimbo advogou quinta-feira, na cidade de Rabat, capital de Marrocos, a necessidade da diversidade cultural e linguística, através da operacionalização do conceito de literatura-mundo que consiste em respeitar a matriz.

O escritor, que representou Angola numa reunião realizada pelo Observatório da Língua Portuguesa, para celebrar o Dia da Língua e da Cultura da CPLP, com um debate sobre “O Português, Língua Global”, ressaltou a importância do ensino correcto e o aprendizado da língua portuguesa em todo mundo como um desafio para o desenvolvimento da comunidade e não só.

Numa ocasião em que se celebram os 20 anos da organização, Luís Kandjimbo entende que o debate sobre o Português, enquanto língua global, mobiliza de forma desigual as comunidades académicas da CPLP, acusando uma perspectiva que tem vindo a impulsionar as intervenções no debate, que assenta sobretudo na dimensão económica da língua portuguesa, perdendo-se de vista a dimensão cultural e o carácter instrumental das suas variedades nacionais.

Na sua comunicação, focalizou a reflexão em torno das manifestações de um certo relativismo cultural que, inspirado por uma realidade linguística aparentemente homogénea, trata o português como língua materna universal.

Ao usar da palavra, o embaixador de Angola no Reino de Marrocos, Benigno de Oliveira Vieira Lopes, enfatizou a necessidade do respeito pela diversidade cultural e linguística para maior coesão da comunidade e o desenvolvimento da língua.

No evento foram ouvidas as experiências e relações do português no mundo muçulmano, no oriente, com especial crescimento na China e Japão, e o seu ranking nas redes sociais e na internet ou como língua de pesquisa.

O representante da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa, professor Anacoreta Correia, advertiu aos jovens e aos profissionais da língua para a evolução do português nos próximos cinco anos com maior pendor económico.

Para a comunidade, é imperioso preservar o património mundial classificado pela UNESCO e que hoje constitui um meio de subsistência da nova geração, como factor de empregabilidade. Ler o artigo completo.

Kasbah des Oudaias, Rabat

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