“O Amanhecer do Azeite” nasceu do desejo de o autor esclarecer os leitores interessados em alargar os conhecimentos sobre o azeite, nomeadamente, como avaliá-lo e como utilizá-lo.
Este livro “traz uma nova forma de comunicar com o consumidor final. É um livro que tem uma linguagem muito acessível (…) e tem um conteúdo muito prático para o homem e mulher modernos melhor compreenderem o que é o azeite, quando vão ao supermercado ou à loja comprar”, disse Francisco Lino à agência Lusa.
Para o grão-mestre da Confraria do Azeite, o livro agora lançado, numa edição trilingue, contém “experiências” que vão “estimular o leitor”.
“Como está escrito em chinês (mandarim), português e inglês pretende ser um veículo de informação, prática, exatamente para uma comunidade, que é a portuguesa, mas também atingir gente da China, que se interessa por estas questões do melhor óleo do mundo. E como estamos aqui ao lado de Hong Kong, passar a mensagem também em língua inglesa”, referiu, à margem da apresentação, na Livraria Portuguesa em Macau.
Uma questão retratada no livro é a de saber qual é o melhor azeite, pergunta para a qual o autor tem várias respostas: “Eu costumo dizer que o melhor é aquele que tem mais harmonia (…) e que pode conduzir à arte da culinária, acrescentando-lhe perfumes que jamais teria sem o fio de azeite. Seja como for, o melhor azeite também tem uma outra resposta: é aquele que a gente mais gosta”.
O autor de “O Amanhecer do Azeite” salientou, porém, que, ao comprar o que mais gosta, o consumidor deixa de apreciar os outros azeites. “Então o livro vai trazer esta proposta que é: aprenda a ser desafiado”, defendeu.
Por outro lado, adiantou que o livro vem explicar as características que muitas vezes geram confusão na compra e degustação do produto. “Muitas vezes as pessoas julgam que os aspetos sensoriais têm a ver com as questões da acidez e não há nada mais errado. Uma coisa são as questões da acidez, outras são os aspetos sensoriais. O livro também vem explicar um pouco estes detalhes”, observou.
Para o grão-mestre da Confraria do Azeite, o consumidor deve ponderar outras variáveis além do preço no ato da compra. “Muitas vezes o consumidor pensa só no preço, e o preço está ligado exatamente a um processo químico. Ora, já não se está verdadeiramente a comer azeite virgem extra, que são esses que representam a saúde, a beleza, uma alimentação mais regrada, mais alegre e mais sexy”, concluiu.
O lançamento do livro foi uma das iniciativas integradas no programa da criação da Confraria do Azeite de Macau, que tem como objetivo principal promover o consumo do azeite e derivados em Macau, no interior da China e na Ásia em geral, além de apoiar a valorização dos conhecimentos sobre o azeite.
FV // MLL – Lusa/ fim
Foto: Um técnico de um lagar de azeite observa a cor de uma amostra. Os lagares do Alentejo, a região portuguesa que mais azeite produz, produziram 33 mil toneladas na última campanha olivícola, um aumento de 19 por cento em relação à anterior, Elvas, 18 de março de 2012. NUNO VEIGA/LUSA