De acordo com António Sampaio da Nóvoa, a proposta partiu do vice-ministro da Educação, Hao Ping, que recebeu em Pequim a delegação portuguesa. “Sugeriu-nos a criação de uma plataforma para o ensino da língua portuguesa na China e estamos a trabalhar na criação dessa plataforma que nos parece poder ser muito importante”, disse.
Segundo o reitor da Universidade de Lisboa, Hao Ping transmitiu o desejo de Pequim de duplicar para 30 o número de instituições chinesas que oferecem formação na área do português “dentro de dois a três anos”.
Esta meta temporal é “extremamente ambiciosa” na perspectiva de António Sampaio da Nóvoa.
A plataforma pressupõe “desde logo haver um lugar e um espaço onde se possa dar a formação dos professores que vão ensinar língua e cultura portuguesa na China” e prevê “a existência de um espaço de intercâmbio e de trabalho”, “onde os professores possam dialogar e actualizar-se”, explicou.
“Significa, em terceiro lugar, um espaço onde se possam produzir materiais didáticos, manuais escolares que facilitem o ensino da língua portuguesa na China”, acrescentou.
A Universidade de Lisboa, a Universidade de Pequim e o IPM formam o “núcleo inicial” ou “fundador” da plataforma que não cingirá a este trio, na medida em que “é essencial” que se alargue ao universo da lusofonia, defendeu, dando o exemplo das universidades brasileiras ou angolanas “que têm hoje um papel muito importante do ponto de vista da difusão da língua portuguesa no mundo”.