FHC lembrou que o idioma é falado das Américas à Ásia, e que com a globalização, o Brasil tem muito a ganhar caso decida investir mais recursos na afirmação da língua portuguesa no mundo.
“Os brasileiros não prestavam a devida atenção à importância da internacionalização da língua. A presença do português é grande, porque está na Europa, na África, na América do Sul e do Norte, porque tem muito português por lá, na Ásia… Então, isso é uma vantagem, um capital que não pode ser desperdiçado. A divulgação, a valorização, como o Prêmio Camões e outros dessa natureza, são muito importantes para que a gente possa preservar. E o Brasil deveria ser mais ativo nisso”.
A proposta de promover o português no mundo foi confirmada no Plano de Ação de Brasília, compilado pelos oito membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.
Mas para o ex-presidente e autor de vários livros, um outro projeto do bloco: a implementação do Acordo Ortográfico também precisa ser reforçada em todos os países que falam português.
“Eu, quando assino contratos para publicar meus livros, é separado: a editora de Portugal é uma coisa e a do Brasil outra, porque a grafia não serve. Eu acho que nós precisamos ter que levar a sério os acordos ortográficos e levar a sério a necessidade de uma internacionalização do português.”
Durante a semana passada, os ministros das Relações Exteriores dos países de língua portuguesa se reuniram à margem dos debates da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, para discutir cooperação em organizações internacionais.
Os ministros também comemoraram a abertura de uma representação da Cplp no Timor-Leste.
O governo de Portugal informou que pediu ao bloco apoio para sua candidatura ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para o biênio 2015-2017.
FONTE: Linguagens