Domingos Nzau apresentou a tese de doutoramento, na área das letras, intitulada “A língua portuguesa em Angola – um contributo para o estudo da sua nacionalização”. Este docente e investigador avançou com um trabalho algo diferente dos que têm surgido até ao momento. Nzau diz que “a maior parte dos trabalhos de investigação sobre o português em Angola parece privilegiar as descrições linguísticas”, na tese agora apresentada “privilegiou-se uma abordagem sociolinguística, na esperança de que as conclusões desta investigação possam trazer elementos passíveis de ajudar os decisores a definir uma política linguística assente na real situação de Angola, um país etnicamente heterogéneo”.
O autor do novo estudo contextualiza as suas teorias no facto de “até à véspera da independência de Angola em 1975, a maioria da população, principalmente no interior, pouco falava o português. Todavia, desde então, “o português tem vindo a conhecer uma expansão territorial, cuja dinâmica aponta para um carácter irreversível”. Nas pesquisas realizadas para fundamentar as ideias da tese, Domingos Nzau constatou o aumento do número de falantes não maternos. “Estima-se, em consequência, que, num futuro breve, o português se possa colocar na posição de uma das línguas maternas mais importantes de Angola a nível global e mesmo quantitativamente”. Ler o artigo completo (Urbi et Orbi)