Neste ano, uma nova pesquisa -com base em estatísticas de 2011, mas que ainda não foi concluída- deve apontar alta nos números do ensino de português, afirma a entidade.
Quem deu essa “mãozinha” para a língua foi a crise internacional, aliada ao modo com que o Brasil passou a ser noticiado fora do país -sede de eventos de importância mundial e um oásis de economia aquecida. Hoje, o norte-americano que se matricula em um curso de português está menos interessado em samba e Carnaval e mais atento ao mercado de trabalho.
‘HABLAS ESPAÑOL?’
A língua é a quinta que mais cresce e a sexta mais falada no mundo. Nos EUA, ocupa o 13º lugar no ranking dos idiomas mais procurados. Por conta do aumento na demanda, os departamentos de línguas de muitas universidades norte-americanas reformularam seus cursos de português.
Foi o caso da Universidade Northwestern, em Chicago, que passou a oferecer aulas para quem já fala espanhol. Em um ano, diz a professora Raquel Amorim, o programa recebeu o dobro de alunos. “Como são línguas parecidas, com gramática semelhante, fica mais fácil aprender.”
Outra mudança foi a criação de uma especialização secundária para a graduação. Assim, um aluno pode estudar, por exemplo, medicina e língua portuguesa. “Antes, tínhamos alunos das áreas de língua e literatura. Neste ano, dei aula para estudantes de relações internacionais, música e engenharia, mas não tive nenhum de literatura”, diz.
Elizabeth Schulze, 22, que acaba de se graduar em jornalismo, cursou essa especialização atraída pelo mercado de trabalho brasileiro. “Nasci no Brasil porque meu pai trabalhava lá e saí do país com menos de dois anos. Não aprendi o idioma quando criança, mas tenho documentos brasileiros, o que facilitaria minha entrada no mercado de trabalho”, afirma Schulze. Ela diz ter se surpreendido com o quanto gostou do idioma. “É uma língua que pode ajudar na minha carreira.” Ler o artigo completo