Em declarações à Lusa, Vítor Fortes, secretário geral da Liga Africana, defendeu “um investimento muito grande” na língua portuguesa, recordando que, apesar de “uma maioria” das pessoas dos países lusófonos a falarem, “há um défice muito grande na qualidade de expressão da língua” e “na forma como ela é escrita”.
Os “países que tenham melhores condições para o fazer, especialmente Portugal” devem investir “muito mais nesta área”, repetiu.
As prioridades da cooperação lusófona foram o tema central de debate mo II Congresso da Cidadania Lusófona, que hoje decorree na Sociedade de Geografia de Lisboa.
Angola não está “de costas viradas” a Portugal, “pelo contrário”, a cooperação bilateral é “muito satisfatória”, avalia o secretário geral da Liga Africana. Porém, mencionou, a cooperação a nível do ensino ainda é “um pouco deficiente” e na saúde “há muito a fazer também”.
A educação é também o desafio “fundamental” de Angola, que “está a crescer economicamente de uma forma exponencial”, disse Vítor Fortes.
“Vimos com muito bons olhos o desenvolvimento de Angola”, afirmou, reconhecendo que os desafios “são muitos”, desde logo a formação.
“Se apostarmos mais na formação, na educação”, o futuro será “mais promissor”, acredita, recordando que Angola “saiu de uma guerra atroz”, que durou “muitos anos” e “há muitas famílias marcadas ainda”.
SBR – Lusa/fim
Foto LUSA: Corredores na Maratona “Two Oceans”. Cidade do Cabo, África do Sul. 19 de abril de 2014. EPA/NIC BOTHMA. |