A Editorial Novembro, o CCCV – Centro Cultural de Cabo Verde e a Embaixada de Cabo Verde em Portugal convidam V. Exa. para a sessão de lançamento do livro “A Grua e a Musa de Mãos Dadas”. A apresentação do livro estará a cargo de Vera Duarte Pina, escritora cabo-verdiana, e de Luís Osório, escritor português. O lançamento será no CCCV – Centro Cultural de Cabo Verde, a dia 27 de julho, às 17h.
O evento decorrerá mediante as medidas COVID, espaço limitado e uso obrigatório de máscara de proteção, dentro das instalações. É necessário fazer as reservas para 912 369 815 ou para narcisa.eventos@novembro.pt
Sinopse
Jorge Carlos Fonseca já nos habituou a uma escrita impetuosa, de um ritmo fulminante de poeta. A GRUA E A MUSA DE MÃOS DADAS é mais um livro, cuja leitura nos remete para imagens e metáforas de extrema cognição incorporada, para mais enigmas do que certezas, sem preocupação que seja um conto ou uma história, o que o escritor escreve.
São textos cheios de leituras, cheios de referências e “peso”. Há uma ideia de crónica, de diário, de poema, tudo ao mesmo tempo…
Uma pérola que nos chega pelo Atlântico, desde a África Ocidental.
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Versos a pedido, no início de um diário
sem fim à vista
… Até que lhe surgem outras preocupações bem menos desagradáveis.
Uma, tentar agarrar e, sobretudo, perceber o que pode ser uma «noute encardida». Outra, imaginar e, se possível, desenhar, um «fino cone de anca». Pelo caminho, há um poeta a quem pedem versos fluentes e generosos. Oferecem-lhe cinco ingredientes: 1. Uma paixão que é um submarino; 2. O exílio de uma garça atacada por absinto, escon-dido numa jarra bela e frágil; 3. Le sabre et l’esprit chez Napoléon («A la longue le sabre est toujours vaincu par l’esprit»); 4. Puíra-o o caruncho dos afectos; 5. Sempre traiçoeiros os nomes que não sejam de perdição. Nem Messi, nem Ronaldo, mas o chato do Cruyff.
Pobre poeta!
Lá se foi, então, o trecho do jornal e a maldição da escrita a ameaçar insónia prolonga-da.
(Excerto de um início de diário, num 2 de junho de 2017, dia de começo e de retoma, porque o anterior pertencia às criancinhas, aos baloiços e às praias absolutamente irres-piráveis e iridescentes.
[Pergunte-se a Nabokov, conselho dado a rapazolas e pupilos crentes de que lêem mui-to]).
In Página 9 “A Grua e a Musa de Mãos Dadas”
Nota Biográfica
Nascido em Cabo Verde, na cidade de Mindelo, São Vicente, em Outubro de 1950, casado e pai de três filhas.
Jorge Carlos Fonseca realizou, com distinção, os seus estudos primários e secundários no país de origem. É Licenciado em Direito e Mestre em Ciências Jurídicas, pela Faculdade de Direito de Lisboa, tendo obtido a classificação de Muito Bom. Foi Assistente Graduado na Faculdade de Direito de Lisboa, durante vários anos, tendo leccionado designadamente as disciplinas de Processo Civil III (Recursos), Direito Penal e Direito Processual Penal. Foi investigador na área do Direito Penal no Instituto Max-Planck, em Freiburg im Breisgau (Alemanha – 1986), Professor de Direito e Processo Penal no Instituto de Medicina Legal de Lisboa e Director Residente e Professor Associado Convidado na Universidade da Ásia Oriental, em Macau (1989-1990). Tem já uma vasta obra científica nas áreas do Direito Penal, Processual Penal e Constitucional – uma dúzia de livros e mais de cinquenta trabalhos doutrinários em revistas – que está publicada em mais de uma dezena de países. Tem igualmente várias dezenas de escritos sobre política, cultura, democracia, direitos humanos e cidadania, em revistas da especialidade cabo-verdianas e estrangeiras.
Publicou um total de vinte e dois livros, entre obras jurídicas, literárias e de outro cariz. Já recebeu alguns prémios literários internacionais.
Foi, até ser eleito Presidente da República, Presidente e Professor do Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais de Cabo Verde e Presidente da Fundação «Direito e Justiça», sendo, também, fundador de ambas as instituições.
Lançamento do livro “A Grua e a Musa de Mãos Dadas”, de Jorge Carlos Fonseca
Apresentação do livro por:
– Vera Duarte Pina, escritora cabo-verdiana
– Luís Osório, escritor português
27 JUL | TER
17H
*Entrada livre | Lotação limitada