José Saramago (1922 – 2010) fez das letras a sua enxada, falou dos trabalhadores para os trabalhadores, ficcionou a realidade enquanto desenhava a alma humana nos seus livros. Foi Nobel da Literatura. José de Sousa Saramago, nasceu em 16 de novembro de 1922, na Azinhaga do Ribatejo, Santarém. Em 1998 recebeu o Prémio Nobel da Literatura, como reconhecimento de uma obra literária traduzida em mais de trinta línguas. Foi funcionário publico, escritor, ensaísta, jornalista; chegou a subdiretor do jornal Diário de Noticias e com a Literatura contribuiu na busca de sentido para o mundo e para as coisas. Em 1947 publica o primeiro livro: “Terra de Pecado”, e com o romance “Levantado do Chão”, Prémio Cidade Lisboa em 1980, afirmou-se como um autor de pensamento de esquerda, que fala de trabalhadores para trabalhadores. É “Memorial do Convento” que o confirma como um dos grandes autores de língua portuguesa. Mas o seu estilo e os temas que aborda são incómodos: “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” provoca em 1992 um “terramoto”, que culmina numa discussão em Assembleia da República para o excluir da lista de nomeados ao Prémio Literário Europeu. Os mais de quarenta títulos que escreveu inspiraram peças de teatro e filmes como “Ensaio Sobre a Cegueira” do brasileiro Fernando Meireles. Viveu os últimos anos de vida ao lado da sua mulher Pilar del Rio na ilha de Lanzarote no arquipélago das Canárias. Com a sua obra literária inventou a realidade, numa mistura de ficção e factos, contando estórias dentro da História.