Ilha de Moçambique comemora 500 anos do nascimento de Camões

Maputo, 06 jun 2024 (Lusa) – A Ilha de Moçambique, na província de Nampula, acolhe esta semana as comemoração dos 500 anos do nascimento do poeta português Luís de Camões, que ali viveu durante cerca de dois anos, prevendo o lançamento de um livro.

“Haverá o lançamento do livro de fábulas ‘África, onde sempre esgaravatamos’, de Ana Filomena Amaral, no dia 10 de junho”, explicou fonte da Arte-Via Cooperativa, uma instituição sem fins lucrativos portuguesa.

Luís Camões, que se estima ter nascido em 1524 e morrido em 1580, é considerado um dos maiores nomes da literatura mundial, ocupando a sua vasta obra, ainda hoje, um lugar cimeiro na história da cultura portuguesa.

Segundo a organização, participam nestas comemorações, que vão decorrer de 08 a 10 de junho, escritores, investigadores e docentes universitários dos dois países.

Trata-se de uma iniciativa conjunta da Cooperativa Artística e Editorial Arte-Via (Lousã) e da Universidade Lúrio (Nampula), Intitulada Camões, Palavras de Fogo, e integra o Progama Nacional das Comemorações do Nascimento de Camões.

Camões escreveu centenas de poemas e três peças de teatro, sendo a sua principal obra, o poema épico “Os Lusíadas”, de 1572 , e viveu na Ilha de Moçambique durante pouco mais de dois anos, entre 1567 e 1569. O poeta integrou referências à Ilha de Moçambique naquela obra.

O programa das comemorações conta com momentos culturais, debates, visitas a monumentos históricos, para além da assinatura de um acordo de cooperação entre a universidade Lúrio e a Arte-Via Cooperativa.

Em abril, após visitar a Ilha de Moçambique, a presidente do instituto Camões, Ana Paula Fernandes, reconheceu a necessidade de priorizar o apoio da cooperação portuguesa a Moçambique nas áreas do ensino da língua, educação, empreendedorismo e cultura.

Ana Paula Fernandes insistiu na importância de a cooperação portuguesa continuar a investir no património e na cultura, enquanto “peça identitária fundamental ao desenvolvimento”.

“Cultura e desenvolvimento é um nexo importantíssimo, como é o nexo segurança e desenvolvimento e, portanto, Portugal continuará a estar aqui disponível para apoiar em matéria de cooperação portuguesa, obviamente, as autoridades moçambicanas no que entendam ser prioritário”, apontou.

A Ilha de Moçambique foi declarada Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 1991.

PVJ // ANP – Lusa/Fim

Foto de destaque: Ilha de Moçambique. 11/10/1998. Foto Inácio Rosa/LUSA

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