O músico Zé Manel Fortes é o líder do comité da organização do festival que já vai na sua sexta edição, e que este ano “tem outros atrativos”, nomeadamente o facto de “vários canais de televisão internacional” se associarem ao evento.
“Tirando a nossa parceira desde a primeira edição que é a RTP-Africa, vamos ter oito canais de televisão de países francófonos no festival, o que para nós é bom demais”, salientou Zé Manel numa conversa com a Lusa no meio da azáfama para o embarque da equipa avançada que se deslocou hoje para Bubaque.
A organização pretende aproveitar o festival para “mostrar uma outra Guiné, que não é só de conflitos e guerras”, disse Zé Manel que acredita que com a música e a cultura no geral o país poderá “dar-se a conhecer e vender melhor imagem”.
Devido ao interesse que o festival tem vindo a despertar perante os guineenses, a organização espera ter este ano cerca de 10 mil pessoas na assistência, ainda que 90% sejam cidadãos da Guiné-Bissau.
A meta, referiu Zé Manel, é colocar o festival de Bubaque “no mapa dos festivais mundiais”, um sonho que o presidente do comité da organização afirma ser “possível já nos próximos anos”, tendo em conta, notou, os “bons sinais que o país está a dar”.
Entre os que estarão pela primeira vez no festival de Bubaque destaca-se o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, a quem Zé Manel agradece “pelo apoio” dado pelo Governo que a par da União Europeia e de duas empresas de venda das cervejas portuguesas são os principais patrocinadores do certame.
Para quem parte hoje e sexta-feira de Bissau para assistir ao festival, o Governo colocou à disposição duas embarcações.
MB // EL – Lusa/FimFotos:
– Quére, no arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau, 8 de Novembro de 2009. MARISA SERAFIM/LUSA
– Bajudas (raparigas solteiras) no Arquipélago dos Bijagós. 10 de fevereiro de 2007. JORGE NETO/LUSA