IILP quer maior visibilidade em Cabo Verde

Marisa Mendonça, no cargo desde outubro, falava aos jornalistas após ser recebida pelo Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, a quem foi apresentar cumprimentos e as prioridades da nova direção do IILP para os próximos anos.

“A nível de Cabo Verde, é dar maior visibilidade ao IILP, que é uma instituição que precisa de ganhar o seu espaço na Cidade da Praia e nas outras ilhas, onde esperamos poder também intervir, através da cooperação com outras instituições que também trabalham na promoção da Língua Portuguesa”, sublinhou.

Entre elas, acrescentou, figuram a Universidade de Cabo Verde, a Biblioteca Nacional, o Instituto Camões e os centros culturais brasileiro e português.

“A nível global, pretendemos dar continuidade ao que são os grandes projetos e que foram criados pela direção cessante. Vamos mantê-los vivos e como bandeiras do IILP”, indicou.

Marisa Mendonça referia-se ao Portal de Professor do Português Língua Estrangeira e Língua Não Materna, “plataforma disponibilizada gratuitamente com recurso para o ensino do Português em diferentes níveis”, e o Vocabulário Ortográfico Comum (VOC), “outra plataforma que integra os vocabulários nacionais dos diferentes países, alguns já concluídos, outros ainda em percurso”.

A diretora executiva do IILP destacou ainda a revista “Plateau”, que assume a divulgação de textos científicos ou de textos provenientes dos colóquios que o IILP tem realizado.

Além dos projetos já existentes, Marisa Mendonça adiantou que o IILP pretende promover mais atividades ligadas à promoção da Língua Portuguesa não só nos países da CPLP, priorizando os que precisam de um maior envolvimento do instituto, mas também os que têm solicitado uma aproximação às duas organizações.

“Tal visa permitir que a língua possa ultrapassar as barreiras dos nossos países e da nossa comunidade e instalar-se de forma efetiva nos países que abram as portas a uma permanência da Língua Portuguesa”, sublinhou.

Sobre os atrasos no pagamento das quotizações de alguns Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Marisa Mendonça admitiu a “falta de recursos”, mas garantiu ter tido contactos com os governos dos países em causa, que se escusou a nomear, para que a questão seja rapidamente ultrapassada.

Apesar de se escusar a apontar os países da CPLP com quotas em atraso, Marisa Mendonça mencionou o “caso especial” da Guiné-Bissau, com o qual terá de haver “condescendência” devido às sucessivas crises políticas e militares internas.

“A Guiné-Bissau é um país que tem estado fora do cenário da CPLP pelos motivos que sabemos. Seria difícil cumprir o estipulado pela CPLP e pelo IILP porque sabemos que não tem tido estabilidade política suficiente para poder cumprir. Teremos de ser mais condescendentes, pois atravessa um período de reestruturação política e social, e isso cria fraturas sociais. Somos obrigados a entender isso”, concluiu.

JSD // EL – Lusa/Fim

Fotos:

-Marisa Mendonça

– Sância Lopes à frente da atual sede do IILP. Cidade da Praia, Cabo Verde, 27 de abril de 2014. JOSÉ SOUSA DIAS/LUSA

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