O director executivo do instituto, Gilvan Moller diz que o encontro serve para propor aos países da CPLP (Comunidade dos Países da Língua Portuguesa) que ainda não possuem vocabulário para que o criem.
Para já existem dois vocabulários, do Portugal e Brasil, e o encontro, segundo o director executivo do IILP, visa também propor aos países que ainda não possuem o vocabulário o programa para a criação deste instrumento, sendo um dos objectivos da reunião, em que participam técnicos dos oito países que falam Português.
“Nesta reunião, vamos criar a metodologia para a consolidação dos dois vocabulários que já existem em Portugal e no Brasil num só, a partir de uma base informática comum e usando os mesmos critérios de incorporação das palavras”, explicou, antes do início da sessão de abertura do encontro que termina quarta-feira.
Os lexicógrafos da CPLP também vão definir a metodologia destinada a consolidar os dois vocabulários já existentes que deverão estar prontos até à cimeira de Maputo, em Moçambique, prevista para Julho de 2012.
“Vamos trabalhar com a perspectiva de uma metodologia para que possamos apresentar a primeira parte do vocabulário aos chefes de Estado na cimeira (da CPLP) de 2012. Além disso, será definido um programa para que os países interessados em criar o vocabulário próprio possam começar a trabalhar neste sentido”, disse.
“Também vamos propor aos países interessados metodologias dos novos vocabulários para que comecem a ser feitos, porque países como Cabo Verde, Guiné-Bissau ou Timor-Leste não têm o seu vocabulário. O cabo-verdiano usa, por exemplo, o de Portugal”, explicou.
“Vão-nos dizer que país pode começar imediatamente, qual vai demorar mais, mas só saberemos no final do encontro, quando cada país apresentar a sua visão”, acrescentou. Para Gilvan Moller a existência de um vocabulário comum irá facilitar a implementação do Acordo Ortográfico.
“Este vocabulário ortográfico está previsto no acordo de 1990 e a sua existência facilitará a aplicação do Acordo Ortográfico. É uma motivação para que os países que já ratificaram, mas que ainda não implementaram, possam desenvolver uma perspectiva de implementação a curto prazo, porque mostra que o acordo está consolidado, está implementado no Brasil e em implementação avançada Portugal”, garantiu.
Até ao momento, lembrou, faltam apenas as ratificações do acordo por parte de Angola e de Moçambique.
FONTE: A Semana