A III edição da Feira da Palavra de Cabo Verde, em que Portugal está presente, começa hoje na Cidade da Praia com uma homenagem ao líder histórico sul-africano Nelson Mandela, falecido quinta-feira aos 95 anos.
Segundo o Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro (IBNL), que promove a iniciativa, estarão disponíveis cerca de 20 mil títulos, cuja maioria vem da Biblioteca Nacional de Portugal, que enviou para a Cidade da Praia um total de 15.000 livros.
Segundo Joaquim Morais, presidente do IBNL, o Brasil tem a maior delegação, com uma comitiva formada de “grandes” editoras (500 títulos disponíveis), professores universitários e artistas.
“O Brasil já esteve na primeira edição e agora, na terceira, traz uma delegação de 25 pessoas, com vários artistas e professores universitários para fazer palestras, apresentação de livros, oficinas de «Cordel» (literatura muita conhecida no Nordeste brasileiro) e um especialista na promoção da leitura, que dará formação a professores cabo-verdianos durante três dias”, acrescentou.
Com 21 bancas, a “Feira da Palavra” conta com a presença de editoras de Angola, Moçambique e China, bem como representações dos centros culturais Português (CCP) e Brasil (CCB).
De Cabo Verde participam também a Livraria Cultura, das Universidades cabo-verdianas, bem como pequenos editores.
Do programa do evento, que se prolonga até domingo, constam ainda exposições de quadros e de caricaturas, oficinas de artes de contar historias, lançamento de livros e peças de teatro, além de espetáculos musicais.
A abertura da feira e a homenagem a Mandela, cujas cerimónias fúnebres estão a decorrer no Soweto, em Joanesburgo (África do Sul), vão decorrer na Praça Alexandre Albuquerque, no “Plateau”, centro histórico da Cidade da Praia, e serão presididas pelo ministro da Cultura cabo-verdiano, Mário Lúcio Sousa.
JSD // APN – Lusa/Fim
Foto: Populares consultam livros durante a abertura da Feira do Livro na Biblioteca Nacional da Cidade da Praia, Cabo Verde, 6 de julho de 2010. JOAO RELVAS / LUSA