O primeiro-ministro, Passos Coelho, “manifestou disponibilidade para continuar a receber doutorandos brasileiros em centros de excelência portuguesa, vontade igualmente partilhada por Dilma Rousseff”, refere a nota final da XI Cimeira entre os dois países divulgado, após o encontro entre a presidente brasileira e o chefe do Executivo português, em Lisboa.
Os dois governantes congratularam-se ainda pela assinatura do acordo entre a Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior do Brasil e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas para a Equivalência, Reconhecimento e Revalidação de Diplomas de Graduação nas Áreas de Arquitetura e Engenharia.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota assinaram hoje no Palácio das Necessidades, em Lisboa, acordos na área da educação e ensino superior de que se destaca o reconhecimento e certificação dos cursos de arquitetura e engenharia.
“Nós tínhamos um problema, engenheiros portugueses muito qualificados que não conseguiam exercer a sua profissão no Brasil. Qual era a razão? O reconhecimento do seu título académico. Em vez de nos pormos com microfones a protestar uns contra os outros, arregaçamos as mangas e pusemo-nos a trabalhar”, disse Paulo Portas que referiu que queria assinalar “este 10 de Junho com resultados práticos”, no “quadro da visita da Presidente Dilma Rousseff a Portugal”.
“Abre-se um caminho institucional, orgânico, com regras para que haja um sistema mais fácil de títulos académicos onde existia um problema com engenharia e com arquitetura, embora por caminhos diferenciados”, acrescentou Paulo Portas, que exortou as ordens profissionais dos respetivos setores a continuarem o trabalho diplomático que foi desenvolvido entre os dois países.
“O acordo entre as universidades e o passo que nós damos aqui é muito importante e espero que o mesmo sentido construtivo venha a existir entre as ordens profissionais dos dois países”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
“O título académico está reconhecido, com regras. Não há razão para que os títulos não sejam reconhecidos e a possibilidade de exercício profissional não seja reconhecida”, sublinhou Portas.
PSP // PJA – Lusa/fim
Fotos:
– O ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato (D), cumprimenta o seu homólogo do Brasil, Aloízio Mercadante, durante a cerimónia de assinatura de acordos bilaterais de educação entre os dois paises, esta tarde no Palácio das Necessidades em Lisboa, 10 de junho de 2013. MIGUEL A. LOPES / LUSA.
– O ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato (D), acompanhado pelo seu homólogo do Brasil, Aloízio Mercadante (2D), pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas (2E), e pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota, durante a cerimónia de assinatura de acordos bilaterais de educação entre os dois paises, esta tarde no Palácio das Necessidades em Lisboa, 10 de junho de 2013. MIGUEL A. LOPES / LUSA