Há cada vez mais interesse pela formação de professores para o ensino venezuelano

Existem 4.500 a 5.000 estudantes, desde o ensino básico às universidades, em todo o território venezuelano, com maior incidência na região centro do país – que compreende a zona de Caracas, Valência, Maracay, Barquisimeto – onde se encontra também a maior parte da comunidade portuguesa.

(…) Está agendado para julho o Encontro Anual de Professores de Português— em princípio, será realizado na primeira e na segunda semana desse mês. Queremos trazer um professor de Portugal para este encontro e também para realizar uma ação de formação aos professores que trabalham na Venezuela. Esta terceira edição será a primeira onde também estará presente, de maneira formal, a Associação Venezuelana para o Ensino da Língua Portuguesa (AVELP), constituída em 2015 e que tem já professores a ela associados. A Coordenação quer envolver mais esta organização e estas pessoas que têm trabalhado tanto pela Língua Portuguesa durante muitos anos.

(…) Há neste momento, na Venezuela, cerca de 95 professores de português em todo o território. Esse é um número reduzido para aquilo que o país demanda em relação ao ensino da Língua Portuguesa. Mas há muito interesse por parte dos venezuelanos que não têm raízes portuguesas: todos os dias há pessoas a perguntar onde podem aprender português.

(…) Estamos ainda em processo de negociação mas há o desejo de avançar com um curso na Universidad Pedagógica Experimental Libertador (UPEL) no próximo ano letivo. Esta universidade tem vários núcleos espalhados pela Venezuela e um dos mais importantes está localizado em Maracay, estado de Aragua. As autoridades desse núcleo entraram em contacto com a Embaixada de Portugal porque decidiram abrir um curso com 100 vagas para venezuelanos que queiram ser formados em português, para seguirem a carreira docente. E privilegiaram a relação com Portugal.
Serão 100 venezuelanos que vão aprender português, vertente europeia, para depois ensinarem a Língua Portuguesa a outros venezuelanos.

(…) Temos um outro projeto que ainda não foi formalizado e está a ser pensado com a Universidade de Carabobo, em Valência, para a formação ‘on-line’.

Esta é uma universidade de prestígio, muito avançada no que se refere ao ensino a distância. Eles acolheram este nosso projeto de formação ‘online’ de professores, que na Venezuela é chamado ‘diplomado’.
Esperamos conseguir abrir o curso ainda este ano, até porque já está numa fase muito avançada, para que possamos fazer a convocatória a todos os professores que queiram receber formação ‘online’ para dar aulas de português.
Será uma formação relacionada com a didática do português, com uma componente cultural, e voltada para pessoas que ensinam o português na Venezuela, que têm feito um excelente trabalho, mas querem aprender algo novo. Ler o artigo completo (Mundo Português)

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