Governo vai elaborar estudos sobre a variante do português em Angola

Luanda, 26 jun (Lusa) – Angola vai elaborar estudos sobre a variante da Língua Portuguesa, desenvolver políticas para promover o ensino e uso das línguas nacionais, apostar na criação de casas de cultura e rede de bibliotecas, anunciaram hoje as autoridades.

O anúncio foi feito pela ministra da Cultura de Angola, Carolina Cerqueira, durante a abertura do quinto Conselho Consultivo Alargado, que arrancou hoje, em Luanda, para a análise de políticas, programas e projetos do setor.

De acordo com a governante, a promoção do ensino e uso das línguas nacionais e a elaboração de estudos sobre a variante da Língua Portuguesa em Angola constam das ações prioritárias do setor a par de criação de infraestruturas, com vista ao desenvolvimento de uma indústria cultural forte e eficiente.

“Capaz de participar na diversificação da economia e na geração de riqueza e bem-estar, apta para contribuir para endogeneizar social e culturalmente os valores tradicionais e locais e contribuir eficazmente para a valorização e divulgação do nosso património nacional”, disse.

Carolina Cerqueira defendeu que hoje a cultura deve estar ao serviço da unidade nacional, da paz e do desenvolvimento e contribuir para o reforço da cidadania, tendo exortado os fazedores de cultura e religiosos a participarem na mobilização dos cidadãos às eleições de 23 de agosto.

“Apelamos às igrejas que contribuam através da palavra, para a educação eleitoral e para uma cidadania consciente dos fiéis, pelo respeito, pela harmonia, e aos fazedores da cultura, através da música, valores positivos para um comportamento exemplar”, referiu.

Num balanço das ações realizadas pelo setor durante os últimos anos, a titular da pasta da Cultura de Angola assinalou que, “não obstante a crise”, foi possível atender e materializar um conjunto de ações estruturantes, entre elas a construção do Complexo das Escolas de Arte, destacando igualmente avanços no capítulo de diplomas legais para o setor.

O evento, que termina terça-feira, decorre subordinado ao lema “Dinamizar as Indústrias Culturais em Prol do Desenvolvimento e de uma Cultura de Paz”.

DYAS // EL – Lusa/Fim

 

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