“Nesta legislatura, as escolas portuguesas têm que já estar constituídas como escolas de referência e de qualidade”, disse o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar.
O reforço nas duas escolas pretende melhorar a qualidade pela “aposta em professores com experiência” que possam deslocar-se em mobilidade e, ao mesmo tempo, analisar “a procura a que a escola está sujeita para perspetivar o futuro”, disse Casanova.
Neste último caso, e referindo-se a Moçambique, trata-se de identificar a geografia da mais recente presença portuguesa no país, atraída pelos projetos mineiros e de construção, e também forçada pela crise económica, para “olhar para fora de Maputo”, onde se localiza a Escola Portuguesa.
No futuro, e seguindo a rota dos megaprojetos em Moçambique, poderá haver escolas portuguesas noutros pontos do país, erguidas em parcerias com empresas nacionais.
“Esses grupos empresariais também terão interesse, pois os seus trabalhadores precisam de ter escolas para os seus filhos”, disse João Casanova.
As parcerias também vão ser importantes em Cabo Verde, onde já existe um terreno disponibilizado pelo município da Praia, para a construção da primeira Escola Portuguesa naquele país.
Um modelo diferente será usado em São Tomé, acrescentou o secretário de Estado, onde vão ser propostos a gestão partilhada e um projeto comum às duas escolas portuguesas privadas que ali funcionam.
O secretário de Estado encontra-se em Maputo para participar nos 13 anos da Escola Portuguesa de Moçambique (EPM), tendo estado hoje presente numa sessão solene que se realizou no estabelecimento de Maputo.
Na EPM estudam cerca de 1600 alunos, de 14 nacionalidades nos ensinos pré-escolar, primário, e secundário, lecionados por 117 professores.
Um dos grandes desafios da EPM é do subir no “ranking” dos estabelecimentos portugueses, uma vez que ocupa uma posição modesta e com uma média que apenas raia a classificação positiva.
LAS // HB
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Foto: LUSA – Crianças mostram os diplomas de mérito que receberam em cerimónia realizada na Escola Portuguesa de Moçambique, Maputo, 23 de novembro de 2012. ANTONIO SILVA/LUSA