Em declarações aos jornalistas após a homenagem à antiga diretora da Escola Portuguesa de Macau, Cheong U disse não ter ainda garantida a sua presença, no final do mês, em Portugal, onde vai decorrer a segunda reunião da Comissão mista Portugal-Macau, mas garantiu que independentemente da viagem ou até da decisão das autoridades portuguesas relativas a uma mudança de instalações, o apoio do Governo vai continuar.
“Pode fazer parte da conversa”, caso se confirme a deslocação a Portugal e um encontro com o ministro da Educação, sublinhou Cheong U.
A Rádio Macau tinha noticiado na sexta-feira que na deslocação a Lisboa, Cheong U teria uma reunião com Nuno Crato para definir o processo de mudança da escola.
O governante acrescentou que a vontade do Governo de Macau sobre a escola portuguesa e suas instalações “é muito clara”.
“Vamos continuar a dar o apoio necessário para o funcionamento da Escola Portuguesa de Macau, mesmo para melhorar o espaço, equipamentos e qualidade do ensino. É uma política desde Edmund Ho e o atual chefe do executivo, Fernando Chui Sai On, também deu instruções muito claras de que o Governo de Macau vai continuar a dar apoio necessário à escola”, disse.
Cheong U não se comprometeu com o pagamento de novas instalações para a escola portuguesa por parte do Governo, explicando que é preciso ouvir a opinião das autoridades portuguesas.
Através da Fundação Macau, a Escola Portuguesa tem parcialmente o seu orçamento composto por um subsídio público que veio substituir a contribuição que era dada pela Fundação Oriente, instituidora do projeto com 49% da titularidade da Fundação da Escola Portuguesa de Macau.
A questão da mudança de instalações, para as quais já foram pensadas várias localizações, quer na península de Macau, quer na ilha da Taipa, é recorrente.
Nos últimos meses, voltou a ser falada com a alegada disponibilidade do Governo em subsidiar a construção de novas instalações, projeto para o qual a Sociedade de Jogos de Macau, então ainda dirigida por Stanley Ho, se tinha comprometido doar cerca de 300 milhões de patacas (cerca de 30 milhões de euros), parte dos quais já entregues.
O último local que tem sido indicado para a construção da nova escola é o antigo hotel Estoril, junto à Praça do Tap Seac.
JCS // VM – Lusa/Fim
Foto: Escola Portuguesa de Macau, 14/11/2003, MANUEL MOURA/LUSA