Díli, 21 out (Lusa) – Quase 90% dos funcionários do Parlamento Nacional timorense, a que se somam duas turmas de deputados, estão inscritos no novo curso de língua portuguesa da instituição, que começou este mês e decorre até setembro de 2017.
Resultado de uma parceria entre o Parlamento Nacional (PN) de Timor-Leste e a Assembleia da República (AR) de Portugal, através do Instituto Camões, o curso arrancou este mês e envolve 122 funcionários e seis estagiários, divididos por sete turmas de níveis diferenciados.
“A atividade diária do Parlamento Nacional obriga ao uso recorrente desta língua, uma vez que a produção, fiscalização e análise legislativa se faz em língua portuguesa”, recorda o PN em comunicado.
Além dos funcionários parlamentares o curso desta quinta sessão legislativa está disponível para deputados, com um número variável de participantes e envolve dois professores portugueses, um contratado diretamente pelo PN e outro ao abrigo do protocolo com a AR.
O arranque do novo curso ocorreu depois de a 22 e 23 de setembro terem decorrido provas de avaliação externa ao Curso de Língua Portuguesa, desenhadas para “aferir a evolução da proficiência em língua portuguesa dos funcionários e chefias do Parlamento Nacional”.
A avaliação, que aplicou as novas provas orais e escritas para aferição das competências linguísticas dos formandos, realizou-se no âmbito do Memorando de Entendimento entre o PN e a Universidade Nacional de Timor Lorosae.
Participaram nessa avaliação 62 funcionários e chefias, selecionados entre os 113 que frequentaram o Curso de Língua Portuguesa ao longo da quarta sessão legislativa.
O curso de língua portuguesa decorre no Parlamento Nacional, em horário laboral, o que acaba por condicionar a participação dos formandos.
Além de conduzirem o curso, os professores portugueses têm dado apoio na revisão de textos em língua portuguesa, incluindo comunicados de imprensa, cartas, atas e relatórios.