Frases que marcaram o processo de adesão da Guiné Equatorial à CPLP

“Depois de ter lido várias declarações críticas ao regime de [Teodoro] Obiang, inclusive de responsáveis portugueses, esperava que o resultado fosse negativo. Mas na realidade não me estranha que tenha sido assim. É mais uma demonstração de que o dinheiro de Obiang em África e fora de África compra tudo. Até compra a adesão à CPLP”.

Severo Moto, líder da oposição da Guiné Equatorial no exílio

21-02-2014

“Eu e muita gente vamos continuar a mobilizar-nos para impedir (a adesão). Já bem basta o que temos lá dentro (da CPLP) em termos de não demonstrar tolerância e de não ter respeito por compromissos da organização em termos de direitos humanos”.

Ana Gomes, eurodeputada socialista

20-02-2014

“Portugal sente-se à vontade com esta decisão” de aceitar a adesão do país à CPLP.

Rui Machete, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal

20-02-2014

“Está longe de obedecer aos parâmetros democráticos, todos nós sabemos isso, mas também sabemos que [tal] é possível, através das exigências que vão sendo estabelecidas, e a pouco a pouco, havendo vontade de cooperação”.

Rui Machete

11-02-2014

“A entrada para a CPLP é de grande importância para o meu país. A CPLP é uma porta para a Europa. Vivemos num mundo globalizado onde queremos e precisamos de alianças e a aliança aos países da CPLP é algo que desejamos”.

José Dougan Chubum, primeiro embaixador da Guiné Equatorial em Portugal

31/07/2013

“Ela [Guiné Equatorial] já incluiu na sua Constituição a aceitação da Língua Portuguesa como (idioma) oficial e também já mantém relações diplomáticas com os outros estados da CPLP. Pensamos que em 2014, quando nos encontrarmos em Timor-Leste, poderemos conhecer outros desenvolvimentos nessa questão”.

Georges Chikoti, ministro das Relações Exteriores de Angola

09/07/2013

“Timor-Leste não vê problemas em que a Guiné Equatorial participe [na CPLP] desde que cumpra as condições, como a introdução do ensino de língua portuguesa e o compromisso de respeitar os direitos humanos e os valores da democracia”.

José Luís Guterres, ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste

16/05/2013

“Não há razão para a Guiné Equatorial não entrar na CPLP, mas vamos trabalhar, ainda estamos longe. Só em 2014 é que há decisão”.

Murade Murargy, secretário executivo da CPLP

04/02/2013

“Estou convencido que a Guiné-Equatorial vai entrar para a CPLP. Há muita gente que está muito mal informada sobre a Guiné-Equatorial, só os aspetos negativos é que vêm ao de cima e são explorados em função dos interesses de uns e de outros. (?) O que é que se fala da Guiné-Equatorial? Fala-se, por exemplo, que tem pena de morte. E os Estados Unidos não têm?”.

Presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa

26/07/2012

“Para Cabo Verde é importante a inserção da Guiné Equatorial na CPLP. A Guiné Equatorial poderá contribuir para que a CPLP ganhe mais dimensão, mais força e tenha um papel geoestratégico em África e no mundo importante”.

José Maria Neves, primeiro-ministro de Cabo Verde

22/07/2012

“Eu ainda era ministro das Relações Exteriores, há 27 anos, quando a Guiné Equatorial começou a manifestar essa intenção”

Joaquim Chissano, ex-presidente de Moçambique

07/02/2012

“A CPLP atingiu maturidade, e o interesse da Guiné (Equatorial) indica isso. Existe, sim, uma cláusula democrática e isso é importante. Essa preocupação nós temos também no âmbito do Mercosul e da Unasul, mas não diria que esse tema estaria especificamente segurando a entrada da Guiné (Equatorial)”.

Tovar Nunes, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Brasil

29/11/2011

“A Guiné Equatorial tem vindo a fazer grandes esforços no sentido de vir a poder reunir as condições necessárias para fazer parte desta grande família”.

Adelino Mano Queta, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

19/07/2011

“A nossa organização não deve demorar mais a acolher no seio o único país de língua espanhola no continente africano, cuja história se cruza com as nossas. Neste sentido, Timor-Leste encoraja a Guiné Equatorial a aderir à CPLP, como é desejo deste país irmão da África”.

José Ramos-Horta, ex-presidente de Timor-Leste

06/07/2011

“Foi muito infeliz com aquilo que aconteceu, quer do ponto de vista protocolar, quer do ponto de vista de estratégia política. As críticas que são feitas ao regime do Presidente (da Guiné Equatorial, Teodoro) Obiang, podiam ser feitas a outros regimes, que são membros da CPLP”.

Patrice Trovoada, primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, sobre a recusa da entrada Guiné Equatorial na CPLP.

05/08/2010

“Considero prematura e inoportuna uma adesão da Guiné Equatorial como membro de pleno direito. Deve continuar como observador associado. Sou contra a adesão da Guiné Equatorial como membro de pleno direito e penso que Portugal deve ser contra”.

José Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS-PP

22/07/2010

“Sinto algum desconforto na medida em que esta adesão surgiu como um arranjo de política internacional e menos como uma adesão de quem fazia parte desse restrito clube dos países falantes de português”.

José Lello, antigo secretário nacional do PS para as relações internacionais

22/07/2010

“O BE quer dizer com toda a clareza que a CPLP não deverá aceitar a candidatura como membro de pleno direito da Guiné Equatorial. Tal decisão significa trocar direitos humanos por petróleo”.

José Manuel Pureza, dirigente do Bloco de Esquerda

22/07/2010

“A adesão não tem grandes problemas. É mais um elemento para a família, o engrandecimento da família, mais uma opinião, mais uma contribuição”.

Malam Bacai Sanha, ex-chefe de Estado guineense

21/07/2010

“Portugal não está na posição da França ou da Inglaterra, em que se assume como potência neocolonizadora que impõe a sua vontade”.

Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República

16/07/2010

“O que eu posso dizer é que existe sim o apoio do Brasil e o interesse da Guiné Equatorial”

Marcelo Baumbach, porta-voz da Presidência do Brasil

01/07/2010

“A Guiné Equatorial tem lugar na CPLP, da mesma forma que nós temos lugar na Francofonia e outros na Commonwealth”.

Pedro Pires, Presidente de Cabo Verde

17/06/2010

“Não sou um ditador”.

Teodore Obiang

16/06/2010

“Quando nasce um novo filho numa família é uma boa nova. [A adesão] vai ser o aumento da família da CPLP. A Guiné Equatorial vai trazer nova dimensão ao nível da cultura, da localização geográfica no golfo da Guiné”.

Anatolio Ndong Mba, representante permanente da Guiné Equatorial junto das Nações Unidas.

31/03/2010

 

“A Guiné Equatorial foi descoberta pelos portugueses e devemos associar-nos à língua portuguesa e pedir a nossa adesão à CPLP”

Teodoro Obiang Nguema, Presidente da Guiné Equatorial

25/07/2008

 

 

FV/ DM (ASP/LAS/FP/JH/PJA/JSD/PDF/CMC/MSP/EL/MSF/MCL/CLI/EO/ TQ/PCR/SBR/NV/FPA/CSR/SK/HB/RCN/CFF/VM)// PJA

Lusa/Fim

Foto: O presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo (D), acompanhado pelo secretário geral da CPLP, Domingos Simoes Pereira (E), durante a VIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, que decorreu em Luanda, Angola, 23 de julho de 2010. MIGUEL A. LOPES/LUSA

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