A informação é avançada hoje na edição ‘online’ do jornal cabo-verdiano A Semana que, citando o ministro das Relações Exteriores (MIREX) de Cabo Verde, Jorge Borges, lembra que a instituição, criada há cerca de quatro décadas, tem em análise desde janeiro deste ano um novo estatuto jurídico internacional.
O estatuto foi apresentado em Adis Abeba, Etiópia, à margem da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), visando dar “força jurídica” para que se possa institucionalizar o Fórum PALOP, congregando Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
“O Fórum terá de nascer numa cimeira de chefes de Estado dos PALOP. É nesta base que estamos a trabalhar. Vamos ver se conseguimos realizar a reunião antes da Cimeira da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)”, ressalvou Jorge Borges, que se encontra em Malabo a participar na Cimeira da União Africana.
Cabo Verde, segundo Jorge Borges, vai assegurar a presidência do Fórum no primeiro mandato da nova organização, tendo como estratégia dar “maior visibilidade internacional” ao também conhecido por “Grupo dos Cinco”, que tem limitado a sua atuação a pouco mais de que um espaço de concertação e diálogo político-diplomático.
Tendo em conta as novas dinâmicas de cooperação para o desenvolvimento, acrescentou o chefe da diplomacia cabo-verdiana, a ideia é alargar as relações políticas entre os “Cinco”, “que atravessam um excelente momento”, a apostas nas áreas empresarial e da cultura.
A 02 de maio último, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e Príncipe, Natália Umbelina Neto, indicou que a Cidade da Praia iria ser palco, este mês, de uma reunião de chefes de Estado do “Grupo dos Cinco”, com o objetivo de relançar a instituição.
Na ocasião, Umbelina Neto salientou que o “Grupo dos Cinco”, que passará a denominar-se “Fórum PALOP”, “nunca será um embaraço para a CPLP”, mas sim “um elemento de complementaridade para a fortalecer”.
A data da reunião está ainda por fixar, podendo acontecer ou ainda este mês ou na primeira quinzena de julho, dependendo das agendas dos presidentes angolano, José Eduardo dos Santos, cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, guineense, José Mário Vaz (empossado segunda-feira), moçambicano, Armando Guebuza, e são-tomense, Manuel Pinto da Costa.
JSD // APN – Lusa/Fim
BANDEIRAS NACIONAIS DOS PAISES DE LINGUA OFICIAL PORTUGUESA , PALOP. 25/05/2006.. FOTO MANUEL DE ALMEIDA / LUSA