Lisboa, 06 dez (Lusa) – O novo editor executivo do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), Incanha Intumbo, considerou hoje em Lisboa, após ter sido empossado no cargo, que “é fundamental” resolver o subfinanciamento da instituição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Incanha Intumbo manifestou preocupação pelos atrasos de quotas de alguns Estados-membros da CPLP e sublinhou que “é um problema” a que se dedicará no mandato de dois anos, acentuando que pretende “ultrapassar o subfinanciamento por via da sensibilização”.
“É fundamental resolver o problema. Vamos ter de sensibilizar os países em dívida, para que cumpram as suas obrigações, os seus compromissos. Assim, vamos poder concretizar as nossas tarefas”, afirmou o investigador e linguista guineense, formado em Coimbra.
Sucessor da moçambicana Marisa Mendonça na direção executiva, Intumbo vincou a necessidade de resolver a questão da quotização, para que se possa desenvolver a atividade da instituição.
O IILP, com sede em Cabo Verde, num edifício que está a sofrer obras de remodelação depois de muitos anos sem intervenções, tem um orçamento anual de 300 mil euros, mas a sua ação tem sido limitada devido à falta de financiamento.
Antes da cimeira do Sal da CPLP, em julho, as dívidas dos Estados-membros para com o IILP ascendiam a 800 mil euros.
“Tenho a certeza de que os países vão ser sensíveis aos apelos e, porque fazem parte da comunidade, estão interessados em ver a comunidade evoluir, para que a ILLP possa cumprir as suas atividades. Se não for assim, os países vão pedir contas. Então, para pedir contas, os países têm de ter as suas contas em dia”, frisou.
O nome do guineense foi aprovado por unanimidade num encontro de representantes da CPLP em 25 de setembro, num hotel em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, e anunciado pelo Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, na qualidade de presidente em exercício da comunidade lusófona.
O novo diretor devia ter sido indicado em julho, na cimeira da CPLP em Cabo Verde, mas, na altura, o Governo guineense pediu mais tempo para o fazer e comprometeu-se a apresentar o candidato em setembro.