Londres, 01 nov (Lusa) – O cinema lusófono vai estar em destaque na 5.ª edição do Festival de Cinema Africano, em Londres, para celebrar os 40 anos de independência da África Lusófona.
A secção “Liberdade Lusófona: Passados 40 anos” apresenta uma seleção de filmes clássicos e contemporâneos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique, que pretende despertar o debate sobre “como diferentes futuros podem ser construído a partir de um passado comum”, indica o programa.
“Nha Fala” e “Os Olhos Azuis de Yonta”, de Flora Gomes (Guiné-Bissau), “O Herói”, de Zezé Gamboa (Angola), “O Último Voo do Flamingo”, de João Ribeiro (Moçambique) são alguns dos filmes a projetar no festival.
“Lantanda”, documentário de Gorka Gamarra (Guiné-Bissau), composto por testemunhos e depoimentos de músicos, escritores e académicos que reivindicam o crioulo como um elo fundamental para a identidade coletiva, terá estreia no Reino Unido.
“Por aqui tudo bem”, de Pocas Pascoal (Angola), será acompanhado por um debate com a realizadora, que se baseou na experiência pessoal para retratar a história de milhares de pessoas que fugiram para Portugal durante a guerra civil angolana.
A curta-metragem “O Rugido do Mar”, de Ana R. Fernandes (Cabo Verde) ultrapassa a temática lusófona e retrata as adversidades da migração africana para a Europa e o tratamento dado aos imigrantes ilegais.
As projeções destes filmes acontecem entre 01 e 07 de novembro, mas o festival, que apresentará no total mais de 60 filmes de 26 países africanos, decorre entre 30 de outubro e 08 de novembro em várias salas de cinema de Londres.
O evento é organizado pela Royal African Society, uma organização que promove o conhecimento de temáticas africanas no Reino Unido.