Fernando Pessoa vai ser homenageado em Festa Literária Internacional, no Brasil

O painel será composto pela maior especialista em literatura portuguesa do Brasil, a professora e membro da Academia Brasileira de Letras Cleonice Berardinelli, e pela cantora Maria Bethânia.

Cleonice Berardinelli, de 96 anos, dedicou mais de 50 anos de sua vida ao estudo e ensino da obra de Pessoa, como professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC), também do Rio de Janeiro.

A “lusitanista” lançou, no ano passado, o livro “Fernando Pessoa – Antologia Poética”, e possui ainda um tomo com estudos sobre o poeta, intitulado “Fernando Pessoa: Outra vez te revejo”, que compõe uma série de textos sobre diversos autores, incluindo Camões, Bocage e Gil Vicente.

Já Maria Bethânia, irmã do cantor e compositor Caetano Veloso, é uma admiradora confessa de Fernando Pessoa, a quem se refere como “poeta da minha vida”.

No espetáculo “Roda dos Ventos”, de 1971, transformado em disco ao vivo e tido ainda hoje como um de trabalhos mais marcantes da cantora, Bethânia interpreta três de seus poemas, entre uma canção e outra.

Nos anos seguintes, nos álbuns “Drama” (1972), “Pássaro da Manhã” (1977) e “Imitação da Vida” (1997), Bethânia voltou a recitar versos do poeta ou dos seus heterónimos, em especial de Bernardo Soares, com leitura de trechos do “Livro do Desassossego”.

Em seu último álbum, “Oasis de Bethânia”, lançado no ano passado, a cantora gravou, além de um fado, a interpretação de “Não sei quantas almas tenho”.

Cleonice e Maria Bethânia já receberam, em Lisboa, a medalha da Casa Fernando Pessoa, pelo trabalho de divulgação da obra do poeta português.

A Flip completou dez anos no ano passado, ao longo dos quais se tem consagrado como um dos maiores eventos literários do país, com a reunião de autores nacionais e internacionais de peso.

Em 2011, a participação do autor português Valter Hugo Mãe, na Flip, ganhou forte repercussão nos meios brasileiros de comunicação. Já em 2012, a representação portuguesa ficou por conta de Dulce Maria Cardoso, que então lançou no Brasil o livro “O Retorno”.

FYRO // MAG

Lusa/Fim

Foto: Exposição “Fernando Pessoa – Plural como o Universo”, 25 de março de 2011. JUAN GUERRA/LUSA

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