O território da Guiné Equatorial é constituído pelo enclave continental do Rio Muni, entre o Gabão e os Camarões (onde vivem 80 por cento da população), e por cinco ilhas habitadas, das quais a principal é Bioko (Fernando Pó), com a capital Malabo.
As ilhas de Bioko e Annobón (localizada ao sul de São Tomé) pertenceram a Portugal até 1778, altura em que foram cedidas à Espanha, que durante 190 anos colonizou o país.
A Guiné Equatorial é o único país da África que tem o espanhol com língua oficial. Este é falado por uma elevada percentagem da população e também utilizado para a comunicação entre os vários grupos étnicos.
A segunda língua oficial do pequeno estado centro africano é o francês, introduzido em 1998 pelo Governo do Presidente Teodoro Obiang Nguema, mas que praticamente não é falado pela população.
Em 2007, Obiang anunciou que iria adotar o português como terceira língua oficial para, num futuro próximo, poder vir integrar na CPLP como membro de pleno direito, ambição que pretende ver concretizada na cimeira da organização, em Julho em Luanda. No entanto, e apesar dos esforços assinados com Lisboa nesse sentido, o português – que não é falado pela população – ainda não foi adoptado oficialmente.
Na Guiné Equatorial são também faladas 12 línguas tribais de origem bantu e respetivos dialectos. O mais falado é o fang, uma língua Bantu, seguido do Pichinglis, um crioulo de base lexical inglês, que é falado actualmente por 70 mil pessoas.
Na ilha de Annobón, que foi povoada pelos portugueses com escravos africanos a partir de São Tomé e Príncipe, as pessoas falam o fá d’ambô, uma língua crioula de base lexical portuguesa, muito parecida com o crioulo são-tomense.