Eu não sou ministro, estou ministro
Rio de Janeiro, 02 maio (Lusa) – O escritor e ex-ministro da Educação do Brasil Eduardo Portella morreu hoje, aos 84 anos, no Rio de Janeiro, divulgou a imprensa brasileira.
Segundo o portal de notícias brasileiro G1, o ex-ministro e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) havia sido internado na segunda-feira no Hospital Samaritano, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
As causas da morte não foram ainda divulgadas.
O ex-ministro, que nasceu em Salvador a 08 de outubro de 1932, integrou o gabinete civil do Presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), foi ministro da Educação no Governo do Presidente João Figueiredo (1979-1980) e ainda secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro (1987-1988).
Eduardo Portella, também advogado, professor, investigador e conferencista, coordenou a pasta da Educação, Cultura e Comunicação da Comissão de Estudos para a Constituição brasileira de 1988 e foi presidente da Conferência Mundial da Unesco de 1997 a 1999.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) deu-lhe o título de professor emérito da instituição.
Fundador e diretor das Edições Tempo Brasileiro, Portella introduziu o filósofo alemão Martin Heidegger no Brasil, além de divulgar o ‘Formalismo Russo’ do escritor Yuri Tynianov. A Tempo Brasileiro é hoje a principal editora das obras do filósofo alemão Jürgen Habermas.
Sexto ocupante da cadeira número 27 da ABL, cujo patrono é Antônio Peregrino Maciel Monteiro, Eduardo Portella tomou posse na entidade em outubro de 1981.