“Pela primeira vez, a língua portuguesa integra esta espécie de pequena lista das línguas consideradas ‘vitais’ num horizonte temporal de 20 anos, partilhando esse estatuto com o Espanhol, Árabe, Francês, Mandarim, Alemão, Italiano, Russo, Turco e Japonês”, sublinhou o instituto português, num comunicado.
No relatório “Languages for the Future” (Línguas para o Futuro), que analisa as prioridades linguísticas do Reino Unido, é referido que a seleção de idiomas baseia-se “em fatores económicos, geopolíticos, culturais e educacionais, incluindo as necessidades das empresas do Reino Unido no que respeita aos seus negócios com o exterior, as prioridades diplomáticas e de segurança e a relevância na Internet”, indicou a mesma nota informativa.
Os autores do estudo britânico destacaram, segundo o instituto Camões, a utilização do português como língua de trabalho da União Europeia (UE) e em outros organismos internacionais, como a Organização dos Estados Ibero-americanos, União Africana, Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e a União das Nações sul-americanas, mas também o facto de a língua portuguesa ser o quinto idioma mais utilizado na Internet.
“Outros estudos recentes têm vindo a indicar que a projeção da língua portuguesa se deve principalmente ao número de falantes de língua materna, ao número de países de língua oficial portuguesa, à presença e crescimento na Internet, à cultura, sobretudo ao nível da tradução de originais e, desde há alguns anos, à ciência, devido a um forte crescimento da produção de artigos em revistas científicas”, acrescentou o instituto Camões.
Constituindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), os oito países de língua oficial portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste – ocupam uma superfície de cerca de 10, 8 milhões de quilómetros quadrados e, no seu conjunto, têm aproximadamente 250 milhões de habitantes.
SCA // JMR – Lusa/Fim
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