Escritor moçambicano Lucílio Manjate vence prémio literário Eduardo Costley-White

Lisboa, 13 mar (Lusa) – O escritor moçambicano Lucílio Manjate, com a obra “Rabhia”, é o vencedor da primeira edição do Prémio Literário Eduardo Costley-White, anunciou hoje a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

Um total de 34 escritores de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe candidatou-se à primeira edição do Prémio Literário Eduardo Costley-White, que promove novos talentos africanos de língua portuguesa.

A FLAD organiza o prémio em parceria com a editora Edições Esgotadas, o vencedor recebe dez mil euros e vê o seu livro publicado.

“Além do aprofundamento da relação entre Portugal e os Estados Unidos, a FLAD aposta na cooperação com os países africanos de língua portuguesa. Este prémio vem mostrar esse empenho, em especial através da difusão da lusofonia, da língua portuguesa e da promoção de novos talentos literários”, disse o presidente da FLAD, Vasco Rato, numa nota de imprensa sobre o prémio, enviada à agência Lusa.

Nesta primeira edição, o escritor moçambicano Mia Couto foi o presidente do júri, que analisou as candidaturas que chegaram de todos os países africanos de expressão portuguesa.

“A adesão a este prémio deixa-nos muito satisfeitos. A adesão e a elevada qualidade dos textos motivam-nos a aprofundar o nosso empenho em África”, explicou o diretor do Programa FLAD África, Bruno Ventura.

A entrega do prémio realizar-se-á hoje à tarde, na sede da FLAD, em Lisboa, numa cerimónia com o presidente da FLAD, Vasco Rato, e o presidente do júri, Mia Couto.

O prémio, cuja criação foi anunciada há um ano, recebe o nome de Eduardo Costley-White, escritor moçambicano que morreu aos 50 anos, em 2014.

Costley-White nasceu em Quelimane, na província de Zambezia, filho de mãe portuguesa e de pai inglês, e começou a publicar em 1984, com a obra “Amar Sobre o Índico”.

A Associação de Imprensa Moçambicana considerou-o, em 2001, a figura literária do ano e a antologia da sua obra poética “O libreto da miséria” foi, em 2012, Prémio BCI de Literatura.

“Homoíne”, “O país de mim”, “Poemas da ciência de voar e da engenharia de ser ave”, “Desafio à tristeza”, “Os materiais de amor”, “O manual das mãos”, “A mecânica lunar”, “A escrita desassossegada” são algumas das suas obras.

Ao longo do seu percurso, Costley-White recebeu o Prémio Nacional de Poesia Moçambicana, o Prémio Consagração Rui de Noronha e o Grande Prémio de Literatura José Craveirinha, entre outras distinções.

AYS // MAG – Lusa/FimPremioFLAD
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