Com cinco níveis de classificação – de insuficiente a excelente -, a equipa de quatro inspetores do Ministério da Educação considerou sempre a pontuação máxima para a Escola Portuguesa de Macau nos domínios dos resultados académicos, prestação de serviço educativo e liderança e gestão, explicou Edith Silva, diretora da escola, aos jornalistas depois da Rádio Macau ter revelado a notícia.
“Penso que é muito gratificante e até para todas as pessoas que trabalham na escola portuguesa é uma grande alegria. Devo dizer que estamos satisfeitos, mas é também é uma preocupação manter a qualidade, este patamar de excelência”, assinalou.
Edith Silva não esconde que há pontos a melhorar que foram indicados pelos inspetores e disse que dentro de dias, todo o relatório estará disponível na página da escola para que possa ser consultado por país, alunos e comunidade educativa.
Os inspetores consideram que deve haver um “reforço da participação dos alunos, nomeadamente através de assembleias de delegados na dinamização de atividades no âmbito da educação para a saúde”, e a “implementação com maior expressão de práticas de diferenciação pedagógica em sala de aula, potenciando a melhoria do processo de ensino e aprendizagem”.
Por outro lado, defendem um “planeamento estratégico e sistemático da formação centrada nas necessidades de desenvolvimento profissional, orientada para uma efetiva consolidação científica e renovação de práticas metodológicas dos docentes, tendo em conta a identidade e a missão da escola” e a “formalização do projeto de autoavaliação, envolvendo toda a comunidade educativa”.
A diretora da Escola Portuguesa de Macau falava à margem de mais um dia aberto da instituição, que mantém as portas abertas à comunidade local mostrando e explicando aquilo que se faz, desde os currículos académicos, saídas possíveis para o ensino superior, e algumas experiências ou demonstrações artísticas e culturais pelos diversos grupos em funcionamento.
“O objetivo é mostrar aquilo que se tem feito na escola ao longo do ano, mostrar à comunidade o serviço que estamos a prestar, mostrar a todos, incluindo os que não nos conhecem, aquilo que vamos fazendo”, disse.
Com 492 alunos este ano, Edith Silva espera atingir um total de 500.
“Nestes últimos anos temos vindo a crescer um bocadinho. Não sei se tem a ver com a escola aberta, mas coincide, mas também há antigos alunos que estão a voltar a Macau e que, muitos deles, já vêm com a família e inscrevem os seus filhos na Escola Portuguesa”, concluiu.
A Escola Portuguesa de Macau foi criada no ano letivo 1998-1999 numa parceria entre o Ministério Português da Educação e a Fundação Oriente e da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses. Atualmente a Fundação Macau substitui a Fundação Oriente na instituição.
JCS // MSF
Lusa/fim
Foto: MACAU – Escola Portuguesa de Macau, 14/11/2003, MANUEL MOURA/LUSA