Entrevista de Domingos Simões Pereira

Em jeito de balanço, considera que o mais recente golpe de estado na Guiné-Bissau foi o dossier “mais complexo” com o qual teve de lidar. Já sobre a possível integração de Macau na organização, o diplomata guineense não vê entraves, mas lembra que é um processo dependente da iniciativa de Pequim.

Prestes a terminar o segundo e último mandato na CPLP, o diplomata guineense aceitou o convite do PONTO FINAL para fazer um balanço do trabalho iniciado em 2008. O dossier mais complicado que teve em mãos, reconhece, foi o do golpe de estado no seu país natal, a Guiné-Bissau.

Outro dos temas quentes com o qual Simões Pereira teve de lidar foi o processo de integração da Guiné-Equatorial. Um tema que se arrasta desde 2004 e que deve fazer parte da agenda da próxima Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP.

O encontro terá lugar já no dia 20, em Maputo, e servirá para conhecer o novo secretário executivo, que será um diplomata moçambicano “com experiência”. Quanto à presidência da comunidade, que se faz de forma rotativa, também será assumida por Moçambique, substituição de Angola.

– Que balanço faz destes dois anos de mandato?

Domingos Simões Pereira – Foram quatro anos que coincidiram com o período da crise, primeiramente nos Estados Unidos e depois na Europa. Esta questão acelerou a agenda económica para a CPLP. Apesar de ser uma organização que se baseia na solidariedade entre os estados e que tem como eixos a cultura e a língua, a crise e os desafios que despoletou fez com que os países começassem a reclamar abertura para o domínio económico. Ler o artigo completo

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