Ensinar português a mais dez representantes da Guiné Equatorial

bandeira da Guiné Equatorial

“Foram financiadas pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, em 2014, sete bolsas de estudo a sete funcionários do Ministério dos Assuntos Exteriores e Cooperação da Guiné Equatorial para frequência em Portugal de um curso intensivo de língua portuguesa com a duração de três meses e especialmente concebido para este efeito”, disse Teresa Macedo à Lusa.

Segundo a responsável, “estão a decorrer em bom ritmo os procedimentos conducentes a uma iniciativa equivalente envolvendo este ano 10 funcionários”, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

As bolsas de estudo fazem parte de um conjunto de iniciativas que visam aprofundar a ainda escassa utilização e domínio da língua portuguesa na Guiné Equatorial, o último país a aderir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“O reconhecimento da importância estratégica da língua portuguesa na aproximação entre os dois países e na consolidação das relações históricas e dos laços culturais existentes é reconhecida por ambos e bem assim, a sua utilização crescente como língua oficial e de trabalho nas instâncias e organizações regionais e internacionais determinaram a assinatura, a 20 de janeiro de 2014, do Protocolo de Cooperação” entre Lisboa e Malabo, acrescentou a responsável.

O português é uma das três línguas oficiais da Guiné Equatorial, e é uma condição essencial para estar na CPLP, organização a que o país aderiu há um ano.

“A implementação das iniciativas previstas neste protocolo representa um eixo fundamental da integração progressiva da Guine Equatorial como membro de pleno direito da CPLP, sendo concretizadas através do Camões com base na formação e capacitação em Língua Portuguesa no sistema educativo e na administração pública da Guiné Equatorial, colaboração com a Universidade Nacional da Guiné Equatorial e apoio ao estudo e aprendizagem da Língua Portuguesa e à tradução de documentos oficiais”, afirmou Teresa Macedo.

Das várias iniciativas que têm sido lançadas ou finalizadas para que o português comece de facto a ser falado no país, a representante máxima de Portugal na Guiné Equatorial destacou ainda a colocação de um “representante técnico especialista do Camões IP junto da Comissão Nacional da CPLP, em Malabo, tendo as funções de apoio à implementação e coordenação das ações no âmbito da Língua Portuguesa e projetos de cooperação identificados no protocolo”.

Por outro lado, está também em estudo a construção de dois centros culturais portugueses no país, em Bata e Malabo, “por iniciativa da Guiné Equatorial”, sublinhou Teresa Macedo, que apontou ainda, além de “um bloco diário de notícias em português na televisão nacional da Guiné Equatorial, o protocolo que deverá ser assinado brevemente entre as estações de televisão pública dos dois países, que será “um passo determinante no sentido da abertura progressiva e do conhecimento mútuo dos dois países”.

MBA // VM – Lusa/Fim

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