Encontros científicos, lugares do nosso imaginário…

Annabela Rita

Vivemos um tempo de celebração de utopias de universalidade (Utopia, Thomas Morus, V Império…), revisitando lugares pregnantes do imaginário europeu, uma tópica que o organiza em sistema, o vertebraliza.

Provam isso encontros científicos internacionais que evidenciam essa tópica cultural, oscilando entre temas, obras, autores, acontecimentos. Apenas alguns exemplos:

congresso_espirito_santoCongresso Internacional do Espírito Santo, Génese, Evolução e Actualidade da Utopia da Fraternidade Universal
400anos-datasCongresso Internacional Cervantes & Shakespeare: 400 anos no diálogo das Artes
100futurismo1Rio de Janeiro; 30, 31 maio e 1, 2 junho / 2017
Lisboa: 14, 15, 16 e 17 de novembro / 2017
Congresso Internacional Luso-Brasileiro 100/ FUTURISMO
a-europas-e-os-imperios-coloniaisCongresso Internacional“A Europa e os Impérios Coloniais dos séculos XVI, XVII e XVIII na Literatura e no Cinema”

Só o primeiro, Congresso Internacional do Espírito Santo, Génese, Evolução e Actualidade da Utopia da Fraternidade Universal,   em curso no momento da escrita deste texto [passado o ciclo de Coimbra em vídeo, com a sessão inaugural e outras, também em   decorre o ciclo da Fundação Calouste Gulbenkian e encerrará em Alenquer], revisita marcos do pensamento sobre a paz, a fraternidade universal, as confrarias, as utopias, a globalização, etc., em suma, sobre algumas das coordenadas da nossa identidade cultural, país de diáspora e multiculturalidade que somos, como se pode constatar nos 5 destaques da divulgação online que passo a citar:

“Os 800 Anos da Fundação da Ordem Franciscana e a relevância dos Franciscanos na promoção das festas do Espírito Santo e da expectativa da chegada de uma era de paz e fraternidade universal entre os homens e mulheres do mundo inteiro.”

“Os 500 Anos da Beatificação da Rainha Santa Isabel, com o seu exemplo de vida e de caridade cristã, modelar para a promoção do clima de paz, harmonia, concórdia e fraternidade, na esteira da espiritualidade franciscana, bem como o papel pioneiro que lhe é atribuído como patrona de tradições celebrativas e de confrarias do Espírito Santo, marcando a sua génese na vila de Alenquer.”

“Os 500 Anos do Primeiro Compromisso Impresso das Misericórdias, que representam em Portugal uma moderna e original iniciativa prática de institucionalização da utopia da solidariedade e fraternidade, herdeiras de experiências confraternais de origem medieval como as confrarias do Espírito Santo, mas exibindo um pendor universalista, que representa e anuncia o advento de sociedades mais equânimes, solidárias e atentas aos mais frágeis e desprotegidos.”

“Os 500 Anos da publicação da Utopia de São Tomás Moro, que cunha o conceito que passou a servir para designar os projetos de uma vida em sociedade mais bem governada e harmónica, projeto ainda não concretizado, mas reconhecido como possível.”

“Os 300 Anos da criação do Patriarcado de Lisboa que, de algum modo, significa o reconhecimento da centralidade de Lisboa no processo moderno de globalização do cristianismo e do lugar de liderança que lhe foi atribuído pelo pensamento utópico português e não só na inauguração de uma nova ordem mundial em nome do ideal da fraternidade e da concórdia entre todo o género humano.”

Os temas das comunicações são os mais diversificados e a minha versará “Nos 370 anos da Providência Régia: a Imaculada Conceição e a identidade nacional”, núcleo duro do nosso imaginário identitário.

Evocação central são sempre as obras onde os sonhos se representam, evocação que, depois, se concretiza, por sua vez, na que sucede ao debate científico e resulta dele, fixando para memória futura: livros temáticos, livros de actas, livros… a eles me referirei em breve!

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