Encontro literário e de artes celebra a lusofonia em Montemor-o-Velho

Montemor-o-Velho, Coimbra, 04 out (Lusa) – Escritores, ilustradores, artistas plásticos, contadores de histórias, mas também músicos de várias nacionalidades e culturas, todos de língua portuguesa, reúnem-se em Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra, para celebrar a lusofonia, anunciou a autarquia local.

A terceira edição do “Munda Lusófono – Encontro Literário de Montemor-o-Velho”, decorre nos dias 15 e 16 e tem o rio Mondego como “ponto de partida para uma viagem pela literatura de língua portuguesa espalhada pelos vários continentes”, assinala a Câmara Municipal, promotora da iniciativa.

O encontro, que irá decorrer na biblioteca municipal Afonso Duarte e é coordenado pela escritora local Lurdes Breda, tem um dos seus pontos altos no dia 16, um domingo, com uma conferência onde participam os escritores Mário Zambujal, Rui Zink, João Tordo e Ana Margarida de Carvalho, a ilustradora Gabriela Sotto Mayor e o artista plástico Lemos Djata, natural da Guiné-Bissau.

Da programação consta ainda, na tarde de dia 15, na biblioteca municipal, a sessão “Poesia ao Piano” – leitura de poemas por Ana Paula Mabrouk, Yolanda Villar Menezes, Dinis Muacho, Sílvia Veríssimo, Alice Caetano e Fátima Negrão, acompanhada pelo Maestro Sílvio Rajado.

À noite, na igreja de Santa Maria de Alcáçova, no Castelo de Montemor-o-Velho, decorrem as Trovas Lusófonas, com a participação do contador de histórias José Craveiro e um espetáculo com o músico moçambicano Gonzaga Coutinho e a bailarina Tânia Carvalho.

A autarquia sublinha que a iniciativa vai buscar o nome à denominação da época romana do rio Mondego, apelidado de Munda por viajantes e historiadores.

“Na Idade Média, o rio, que todos diziam ser belo e rico, manteve o nome. Munda significa transparência, claridade e pureza”, assinalam os promotores do encontro, lembrando que o Mondego “é, por certo, o rio português mais ‘cantado’ por poetas e escritores”, desde Sá de Miranda, a Camões, Eugénio de Castro, Miguel Torga ou António Nobre “e perpetuado também” pela voz de José Afonso, assinala.

JLS // SSS – Lusa/Fim
Subscreva as nossas informações
Scroll to Top