Empresários lusófonos querem CPLP a liderar a economia em 20 anos

Ponta Delgada, Açores, 06 dez 2019 (Lusa) – O presidente da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) manifestou hoje, no lançamento da sua delegação açoriana, em Ponta Delgada, o desejo de fazer da comunidade a maior força económica nas próximas duas décadas.

“A nossa meta, nas próximas duas décadas, é ser a comunidade líder no planeta Terra na parte económica. Temos condições para tal, desde recursos naturais, posição geoestratégica e geopolítica, temos as pessoas”, afirmou hoje Salimo Abdula.

O líder da Confederação Empresarial da CPLP falava em Ponta Delgada, no lançamento da delegação regional açoriana do grupo, que será liderada por Luís Metello, e na assinatura de protocolos de colaboração com a Federação Agrícola dos Açores, Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, Universidade dos Açores e Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores.

O presidente da confederação apontou como setores estratégicos o turismo, fundamental para gerar emprego, a área energética, em que se estima que, em 20 anos, a CPLP tenha um peso de 25 a 27% da produção mundial, e o posicionamento da CPLP como “um dos maiores produtores de alimentos para o planeta”.

O secretário Regional Adjunto da Presidência para os Assuntos Externos, Rui Bettencourt, salientou na ocasião que os setores fortes dos Açores, como a produção de laticínios, de que a região assume cerca de 50% da produção nacional, as pescas e o mar, com uma zona económica exclusiva que representa 25% do mar da União Europeia, ou emergentes, como o espaço.

“Estamos aqui a abrir um espaço de cooperação novo, que é formidável, que é gigantesco, e que nos traz imensas oportunidades”, considerou o governante.

Os Açores estão “habituados a uma situação geoestratégica entre vários mundos”, mas esta colaboração confere à região uma nova dimensão geopolítica e geoeconómica, referiu o responsável pela tutela das relações externas.

Luís Metello, delegado regional da CE-CPLP, hoje empossado, explicou que o objetivo desta colaboração visa conseguir que a “porta que se abre, se vá escancarar, sempre na mesma lógica – o benefício de ambas as partes”.

A CE-CPLP foi fundada em 2004 e trabalha para promover “o desenvolvimento e cooperação do empresariado” dos nove países que compõem a CPLP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

ILYD // LFS – Lusa/Fim
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