“Vemos com muita satisfação que a candidatura foi bem-sucedida, também pelo que representa para o mundo lusófono e para Portugal”, disse à Lusa a Georgina Benrós de Mello a propósito da eleição de Portugal, na terça-feira, para um mandato de três anos no Conselho de Direitos Humanos (CDH), com 184 dos 186 votos expressos na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Segundo a responsável da organização lusófona, a eleição de Portugal para este organismo da ONU “era um dos objetivos da CPLP e era uma das decisões de apoio a um Estado-Membro, entre muitas outras, que foram tomadas na cimeira de Díli”, em julho passado.
Georgina Benrós de Mello destacou ainda a recente eleição de Angola para o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Estamos a lutar por outras candidaturas que estão a fazer o seu caminho”, garantiu, exemplificando com as candidaturas de Natércia Gusmão Pereira (Timor-Leste) e de Leonardo Nemer Caldeira (Brasil) para o Tribunal Penal Internacional, cuja eleição decorre em dezembro.
“Temos muita fé e muita esperança e as diplomacias estão a trabalhar nesse sentido”, disse a diretora-geral do bloco lusófono.
A responsável recordou outras “candidaturas bem-sucedidas”, que culminaram com a eleição de José Luís Jesus, anterior ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, para a câmara de regulação dos diferendos relativos aos fundos marinhos, integrada no Tribunal Internacional do Direito do Mar, a que presidiu antes.
Georgina Benrós de Mello invocou ainda a presença de outras personalidades lusófonas em organizações internacionais, como José Graziano da Silva e Helena Semedo, na Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), ou Roberto de Azevedo, à frente da Organização Mundial do Comércio.
“Toda a organização batalha para que as candidaturas dos nossos Estados-Membros sejam bem-sucedidas. Esta vitória recente da candidatura portuguesa é um pouco de todos nós, as outras todas também o são”, considerou.
Para a diretora-geral da CPLP, vive-se “um bom momento para a lusofonia no plano internacional”, mas a CPLP “não fica satisfeita e quer mais”.
A CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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