É gratificante” ver o empenho de Timor Leste na educação em português

Díli, 19 mai (Lusa) — O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, que hoje iniciou uma visita oficial a Timor-Leste, com uma deslocação a Maliana, onde visitou um dos pólos da Escola Portuguesa, disse ser “gratificante” ver o empenho daquele país na educação em português.

Transportado de helicóptero a Maliana, após ter aterrado no Aeroporto de Díli, procedente de Portugal, Luís Amado foi recebido naquela cidade, quase na fronteira com a Indonésia, por grupos tradicionais, em cerimonial de boas-vindas, e pelas autoridades locais.

Acompanhado do ministro da Educação de Timor-Leste, João Câncio Freitas, Luís Amado percorreu as salas de aula, cumprimentou os professores portugueses ali colocados e acompanhou os trabalhos escolares das crianças.

Em Maliana localiza-se um dos quatro novos pólos da Escola Portuguesa, cuja criação foi solicitada pelo ministro da Educação a Portugal, uma aposta localmente controversa, pelos meios disponibilizados pelo Governo timorense, a braços com grandes carências na sua própria rede escolar.

“Esta é uma iniciativa do Governo de Timor-Leste, que Portugal, através do Ministério da Educação e da cooperação portuguesa, apoiou. É com grande satisfação que vejo que há uma chama muito viva, relativamente à relação com Portugal, através dos traços da sua identidade, da cultura e da história”, comentou Luís Amado aos jornalistas.

Os quatro novos pólos da Escola Portuguesa abrangem o ensino desde o pré-escolar ao secundário, e conferem aos alunos as mesmas habilitações que as escolas em Portugal.

Para Luís Amado é “pessoalmente muito gratificante, ver o Ministério da Educação timorense tão empenhado no aprofundamento das relações no setor da Educação, ao fim de uma década de trabalho político em prol do desenvolvimento de Timor-Leste”.

O ministro da Educação, João Câncio Freitas, disse esperar que, no âmbito da consolidação da Língua Portuguesa e do ensino de qualidade em Língua Portuguesa, sejam estabelecidas escolas do mesmo tipo nos distritos que ainda faltam”.

Além de Díli, a Escola Portuguesa tem pólos nos distritos de Same, Baucau, Maliana e Oecusse, que estão no seu primeiro ano de atividade, lecionando os quatro primeiros anos de escolaridade.

Gradualmente, em cada ano letivo, a escolaridade será aumentada até atingir o 12º ano, à semelhança do processo que foi seguido pela Escola Portuguesa de Díli.

É o Estado português que suporta os vencimentos dos professores e promove a sua respetiva colocação, cabendo ao Governo timorense o encargo com as instalações escolares e as residências dos docentes.

A primeira Escola Portuguesa em Timor-Leste surgiu de uma conversa entre os então primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, e de Portugal, Durão Barroso, a 20 de maio de 2002, aquando da cerimónia da Restauração da Independência, em Díli.

MSO

Lusa/Fim

 

FONTE: Sic Notícias

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