Às 11:00 (03:00 em Lisboa) do primeiro dia do Ano da Cabra, os turistas acotovelavam-se junto à escadaria das Ruínas de São Paulo para assistir a um espetáculo típico da época: o desfile do dragão dourado gigante pelo centro histórico.
E gigante era a estrutura: com 238 metros, este dragão com pés de gente ocupava quase toda a extensa escadaria, onde serpenteou por alguns minutos até começar a descer em direção à praça do Leal Senado, seguido de leões amarelos e dos vários animais do zodíaco chinês.
À parada juntaram-se também alguns ‘Deuses da Fortuna’ que distribuíram ‘lai-sis’, pequenos envelopes vermelhos com dinheiro que se trocam nesta época festiva – neste caso, o presente dos Serviços de Turismo foi de 10 avos (cerca de 1 cêntimo), simbólicos de sorte e prosperidade.
Nas celebrações, repletas de famílias locais e também turistas, estiveram presentes alguns membros do Governo, como o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, e a diretora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, que subiram ao palco para desejar ‘Kung Hei Fat Choi’ (algo como ‘Que a prosperidade esteja contigo’, uma das saudações de Ano Novo mais populares) à população.
Segurando largas varas de incenso amarelas, os membros do Governo usaram a brasa para acender os pavios de uma longa fila de panchões vermelhos, típicos desta época, que rebentaram com estrondo, deixando a praça momentaneamente envolta em fumo e com cheiro a pólvora.
“No primeiro dia do Ano da Cabra, gostaria de desejar a todos, e às suas famílias, um ano cheio de felicidade, cheio de sorte, muito amor e paz. Muito obrigado e ‘Kung Hei fat Choi’!”, disse Alexis Tam, que optou por apresentar as suas felicitações em três línguas, incluindo o português.
ISG// PJA – Lusa/fim