O diplomata e investigador cabo-verdiano Corsino Tolentino recebeu nesta quarta-feira, 11, em Mineápolis, nos Estados Unidos, o prémio de carreira internacional Liderança 2015 da Universidade de Minnesota.
Na sua intervenção, o antigo ministro e embaixador destacou as “quatro décadas de sucesso” de Cabo Verde, mas realçou que ainda enfrenta fraquezas e muitos desafios.
A crioulização “é um património que devemos alimentar”, continuou aquele investigador, para quem este prémio pode representar “o fortalecimento de um virtuoso triângulo composto integrado pelo sector público, sector privado e a academia”.
Ao terminar o seu discurso de aceitação do prémio de carreira, Corsino Tolentino interrogou-se sobre como se podia acelerar o desenvolvimento se “os partidos políticos decidissem dizer só a verdade aos eleitores” ou se, “em vez de se repetirem cimeiras, se gastasse o dinheiro público em avaliar os seus resultados”.
O homem que liderou, do lado do então Governo do PAICV, as negociações com os partidos políticos emergentes durante a transição para a democracia em 1990, defendeu uma revisão da estratégia política e económica de Cabo Verde a médio e a longo prazer assente no fim da ambiguidade entre a integração regional e a globalização, a inclusão efectiva dos migrantes, patriotismo, coragem e maior cooperação entre os cidadãos e os partidos políticos”.
Do lado da Universidade de Minesota, o elogio partiu do Prof. Bryan Atwood e antigo presidente da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).
À margem da cerimónia de hoje, Corsino Tolentino tem participado em debates e conferências sobre África e a língua portuguesa no mundo.
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