“No fundo, são programas curriculares de formação profissional que já existem em Portugal e que agora estamos a adaptar à realidade de Timor-Leste”, afirmou o presidente da ANESPO, José Luís Presa.
O responsável explicou à agência Lusa que a extensão do protocolo de 2012, hoje assinado em Lisboa com o vice-ministro do Ensino Secundário timorense, Virgilio Simith, visa criar as condições para que as autoridades timorenses possam implementar “já em novembro” esses cursos de ensino profissional e de língua portuguesa.
Trata-se de um total de 17 cursos de ensino secundário técnico vocacional em áreas como a hotelaria, alimentação, construção civil, mecânica e mecânica automóvel, vestuário, pesca ou produção agrária.
De acordo com José Luís Presa, o acordo hoje assinado vai permitir a revisão e arranjo gráfico dos manuais escolares e guias dos professores relativos aos 17 cursos do ensino secundário técnico vocacional, abrangidos por esta parceria, e para o 11º e 12º ano de escolaridade.
O presidente da ANESPO lembrou que Timor-Leste adotou o modelo do ensino profissional assente na dupla certificação, escolar e profissional, e tem como referência o modelo desenvolvido, desde 1989, nas escolas profissionais portuguesas.
No âmbito da parceria entre a ANESPO e Díli, 17 professores portugueses do ensino profissional deslocaram-se a Timor para fazer um levantamento das necessidades técnicas e de equipamentos nas escolas, dar apoio à implementação curricular e gestão escolar.
Em Portugal, precisou o presidente da ANESPO, mais de 20 professores timorenses estão neste momento a frequentar ações de formação.
Também na área da formação profissional, o vice-ministo da Educação de Timor-Leste, Virgilio Simith, assinou na terça-feira, em Lisboa, um protocolo com a GesEntrepreneur, segundo anunciou aquela empresa em comunicado.
Parceria essa que visa o desenvolvimento curricular e formação de professores do ensino secundário técnico-vocacional de Timor-Leste “na área empreendedorismo”.
Através da aposta na formação em empreendedorismo o Governo de Díli pretende incentivar o desenvolvimento económico e sustentado do País, refere a mesa fonte.
SK // PJA – Lusa/Fim